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PRF resgata filhote de gato selvagem em extinção em rodovia do RS

.. sexta-feira, 23 de março de 2012

Segundo a PRF, animal estava na faixa correndo risco de atropelamento. Espécime foi encaminhado ao zoológico da UCS, onde seria examinado.


Gato maracajá, recolhido pela PRF, está no zoológico da UCS (Foto: Divulgação/PRF)Gato-maracajá foi levado ao zoológico da Universidade de Caxias do Sul
Um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii) foi resgatado da faixa da BR-116 na altura deNova Petrópolis, na Serra do Rio Grande do Sul, por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por volta das 17h desta quinta-feira (22). Segundo a PRF, o animal, cuja espécie corre risco de extinção, aparentava estar assustado e corria risco de ser atropelado, mas não estava machucado.
O felino foi encaminhado ao zoológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Lá, será feito um exame no animal para determinar se ele será devolvido ao ambiente natural ou ficará em cativeiro. Caso não volte à mata, o gato-maracajá será levado a local a ser definido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Ainda não sabemos se é macho ou fêmea, pois chegou há muito pouco tempo e não fizemos a avaliação para maiores informações. Não deu nem tempo de examiná-lo. Vamos fazer um exame, ver se está em condições físicas e se consegue se alimentar sozinho”, disse  a bióloga Cláudia Machado, do zoológico da UCS.
Gato maracajá, recolhido pela PRF, está no zoológico da UCS (Foto: PRF/Divulgação)Felino é considerado comum na região da Serra
Cláudia estima que o animal tenha idade entre um mês e meio e dois meses. “Ele está no tamanho em que eles começam a seguir a mães quando elas se movimentam para caçar”, afirmou.
A bióloga explicou que, apesar do risco de extinção, o gato-maracajá é uma espécie comum na Serra do RS. O zoológico da UCS já tem duas fêmeas, e não poderá abrigar o exemplar encontrado pela polícia. “Não temos mais espaço físico. O recinto não comporta mais um animal”, destacou a especialista.
Segundo a UCS, o gato-maracajá é semelhante à jaguatirica, porém menor e com cauda mais longa. O animal tem hábitos solitários e facilidade em transitar por árvores. Se alimenta de roedores e aves, mas também come frutas e sementes.
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Comissão aprova PEC que tira da União autonomia sobre terra indígena

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Texto terá de passar em comissão especial da Câmara antes de ir a plenário. Aprovação gerou protesto de índios; para deputado, texto é inconstitucional.


Sob protestos de indígenas, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira do Executivo a autonomia para demarcar terras indígenas, de quilombolas e zonas de conservação ambiental.
Após aprovação da proposta, grupo de índios tentou entrar na Câmara, mas foi barrado pelos seguranças (Foto: Felipe Néri / G1)Após aprovação da proposta, grupo de índios tentou entrar na Câmara, mas foi barrado pelos seguranças 
Pelo texto, caberá ao Congresso Nacional aprovar proposta de demarcação enviada pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A PEC agora será apreciada por uma comissão especial antes de ir à votação no plenário da Casa.
Índio que acompanhou votação da proposta na CCJ da Câmara (Foto: Nathalia Passarinho / G1)Índio que acompanhou votação da proposta na
CCJ da Câmara 
Atualmente, o Ministério da Justiça edita decretos de demarcação a partir de estudos feitos pela Funai, segundo o 1º vice-presidente da CCJ, Alessandro Molon (PT-RJ). Para o deputado, a proposta aprovada na comissão é inconstitucional e viola o direito dos índios e quilombolas. "O texto viola a separação de poderes. É uma tentativa de tirar do Executivo uma atribuição que é dele. Também viola garantias e direitos fundamentais".
Além dos protestos durante a votação da proposta, um grupo de índios da região do Xingu, no Mato Grosso, tentou entrar no Congresso pela chapelaria, mas foi barrado por seguranças da Câmara. Após negociação, eles foram autorizados a entrar no Salão Verde, em frente ao plenário.
Código Florestal
Para Alessandro Molon, a aprovação da PEC demonstra a "força" da bancada ruralista no Congresso, que também pressiona pela votação do projeto que modifica o Código Florestal. "É uma demonstração de força da bancada ruralista. Depois do Código Florestal, essa é a nova fronteira dos ruralistas", afirmou.
A oposição e a bancada ruralista exigem que o governo marque uma data para a votação das novas regras ambientais na Câmara. Eles ameaçam obstruir a votação da Lei Geral da Copa caso não haja uma definição sobre o Código Florestal. O governo, por sua vez, tenta evitar que o novo Código Florestal seja votado, porque não concorda com o texto do relator da matéria, Paulo Piau (PMDB-MG).
O deputado retirou do texto aprovado pelo Senado no final de 2011 artigo que prevê os percentuais de reflorestamento a serem exigidos dos agricultores que desmatarem áreas de preservação permanente (APPs). A alteração atende demanda da bancada ruralista.
O relatório de Paulo Piau mantém a exigência aos produtores de recompor parte da área desmatada, mas deixa a cargo da União e dos Estados estabelecer os percentuais. Ele citou exigência prevista no texto do Senado para que agricultores da Amazônia reflorestem 80% da área por eles desmatada em APPs.
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Insetos podem ter personalidade, indica pesquisa com abelhas

.. domingo, 11 de março de 2012

Algumas abelhas têm desejos de viver aventuras e procuram emoção. Diferenças de comportamento se manifestariam na atividade cerebral.


Abelha é vista se aproximando de um girassol em Tancabesti, na Romênia. (Foto: Vadim Ghirda/AP)Algumas abelhas procuram novidades fora da
colmeia; elas são mais propensas a buscar novos
ninhos e percorrer maiores distâncias para procurar
alimento 
A colmeia não é formada apenas por abelhas trabalhadoras, dispostas a realizar qualquer atividade para servir à rainha e ficar perto da colmeia. Algumas delas desejam viver aventuras e procuram um pouco de emoção, de acordo com estudo publicado nesta quinta-feira (8) na revista científica "Science". Isto seria um indício de que os insetos também têm personalidade, afirma a pesquisa.
A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, que verificaram que o desejo e a disposição para realizar tarefas específicas diferem entre as abelhas. Eles se dedicaram a dois tipos de comportamento que parecem estar relacionados com a busca por novidades: a procura por novos abrigos e a realização de trajetos mais longos e mais afastados da colmeia para encontrar alimento.
Quando a colmeia cresce muito e ultrapassa seus limites, o grupo se divide e parte dele precisa buscar um novo lar. Apenas cerca de 5% das abelhas assumem esta responsabilidade e, segundo os cientistas, elas são três vezes mais propensas a se tornarem caçadoras de alimento em longas distâncias. Elas foram chamadas de escoteiras. Já outras abelhas apresentam tendência de ficar mais próximas da colmeia e a não deixar o grupo.
"Nos seres humanos, as diferenças na busca por novidades são um componente da personalidade", disse Gene Robinson, que coordenou a pesquisa, em material de divulgação.
Atividade cerebral
Estas diferenças se manifestam inclusive na atividade genética cerebral, apontam os pesquisadores. "Nós esperávamos encontrar alguma diferença, mas a magnitude foi surpreendente, já que tanto as escoteiras quanto as não escoteiras são forrageiras [ou seja, saem do ninho para buscar alimentos]".
Para testar a hipótese, os cientistas submeteram grupos de abelhas a tratamentos que aumentavam ou inibiam substâncias químicas no cérebro. O resultado foi que alguns insetos escoteiros assumiram características mais pacatas, enquanto outros que ficavam mais na colmeia começaram a buscar novidades.
"Os resultados apontam que a busca por novidade em humanos e outros vertebrados tem paralelos com os insetos", comparou Robinson. "Parece que os mesmos caminhos moleculares têm sido usados na evolução para dar origem a diferenças individuais em busca de novidades".
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Ilhas no Pacífico planejam deslocar população devido mudança climática

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Kiribati, com 113 mil pessoas, pode desaparecer com aumento do nível do mar. Presidente anunciou intenção de comprar terras em Fiji para abrigar cidadãos.


O impacto das mudanças climáticas em Kiribati, uma nação insular localizada no Oceano Pacífico, com cerca de 800 km², pode obrigar toda a população de 113 mil pessoas a migrar, segundo o jornal inglês "Daily Telegraph". Anote Tong, presidente de Kiribati, afirmou que está negociando a compra de 50 km² em Fiji para alojar os cidadãos do país.
Parte das ilhas já estão desaparecendo sob o mar e a maioria da população está aglomerada em Tarawa, centro administrativo de Kiribati. “Este é o último refúgio, não existe para onde ir depois dele”, afirmou Tong.
Kiribati pode desaparecer com aumento do nível do mar (Foto: Reprodução)Kiribati pode desaparecer com aumento do nível do mar (Foto: Reprodução)
A proposta de comprar terras em Fiji é a última tentativa desesperada de encontrar solução para o problema, segundo o Telegraph. Em 2011, Tong já teria sugerido a possibilidade de construir ilhas artificiais, como plataformas de petróleo, para abrigar a população. “Nosso povo terá que se mover conforme as marés chegarem às nossas casas e vilas”, disse.
Como parte da nova ideia, o governo de Tong lançou um programa de Educação para a Migração, que visa qualificar a população para torná-la mais atraentes como migrantes. O povo de Kiribati teme que sua cultura não sobreviva após os movimentos migratórios.
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