A proprietária da fazenda pantaneira, onde foram apreendidos armamentos, munições, peles e galhadas de animais silvestres durante a operação Jaguar II, na última quinta-feira (5), será multada em R$ 105 mil. O valor foi definido pelo escritório regional do Instituto Brasileiro Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) nesta manhã (9).
A apreensão foi feita na Fazenda Santa Sofia, localizada no município de Aquidauana (MS), distante 130 quilômetros de Campo Grande.
A apreensão foi feita na Fazenda Santa Sofia, localizada no município de Aquidauana (MS), distante 130 quilômetros de Campo Grande.
O valor foi baseado no laudo pericial da Embrapa Pantanal feito nos dois crânios de onça que também foram apreendidos na fazenda. Os técnicos encontraram resíduo de tecido nos crânios, o que comprova que o abate é mais recente do que foi alegado pela produtora, que o material tem mais de 100 anos.
As 16 galhadas de cervos do Pantanal e a pele de uma sucuri de 3,5 metros encontrados na propriedade também foram objetos da multa por parte do Ibama.
Segundo informações do órgão, os valores das multas foram aplicadas em dobro por se tratar de abate de animais silvestres para fins turísticos. Outro agravante que elevou o valor é o fato da fazenda Santa Sofia ser uma unidade de preservação ambiental.
O armamento e a munição encontrados na fazenda durante a operação pela fazem parte do inquérito da Polícia Federal.
A operação Jaguar II, feita pela Polícia Federal em conjunto com o Ibama, foi deflagrada após um vídeo feito durante uma das caçadas que foi enviado anonimamente por um brasileiro, que mora nos Estados Unidos. As imagens também fazem parte do inquérito policial.
Investigações
O delegado da Polícia Federal de Corumbá (MS), Alexandre do Nascimento, informou que as investigações da caça clandestina de onças no pantanal de Mato Grosso do Sul continuam, mas até o momento ninguém foi indiciado.
O delegado da Polícia Federal de Corumbá (MS), Alexandre do Nascimento, informou que as investigações da caça clandestina de onças no pantanal de Mato Grosso do Sul continuam, mas até o momento ninguém foi indiciado.
“Precisamos juntar mais elementos de provas antes de chamarmos os envolvidos para serem ouvidos”, explica o delegado.
Nascimento informou ainda que dentro de 30 dias o inquérito estará terminado. Durante o prazo, todos os envolvidos serão indiciados e ouvidos pela PF. Depois de concluído o inquérito investigo, o Ministério Público poderá fazer a denúncia e as acusações.
O advogado René Siufi, que representa a produtora, disse que vai aguardar a intimação da multa aplicada pelo Ibama para fazer a contestação. “Este valor é um absurdo”, disse ao G1. Siufi acrescentou que irá apresentar documentos que comprovam que as armas são registradas e irá pedir informações para saber como foi feito o laudo.
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