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Pássaro caramancheiro 'cultiva' plantas para decorar seu ninho

.. segunda-feira, 23 de abril de 2012

Macho mantém o ambiente colorido para atrair as fêmeas.
É o primeiro registro de cultivo sem fins alimentícios no mundo animal.


Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (23) pela revista “Current Biology” registrou pela primeira vez no mundo animal o cultivo de plantas para um fim que não seja alimentar.

O caramancheiro é um pássaro nativo da Oceania com um hábito curioso. Os machos constroem verdadeiros ninhos de amor, decorados com plantas e frutas. Quanto mais colorido é o ambiente, mais atraente ele fica aos olhos da fêmea.
Como o nome já diz, o caramancheiro vive próximo a uma árvore chamada caramanchão. Nas regiões que o pássaro habita, outro tipo de planta cresce em volta, em maior número. Esta planta, da mesma família que a berinjela, tem flores roxas e frutas verdes, especialmente atrativas para as fêmeas.
Caramancheiro decora o ninho com frutas verdes (Foto: University of Exeter/Divulgação)Caramancheiro decora o ninho com frutas verdes
O estudo concluiu que os machos não escolhem o local em que estas plantas existem em maior quantidade. Na verdade, eles as cultivam.
Primeiro, eles colhem as frutas, mas depois de murchas, essas frutas são descartadas. Como o caramancheiro também retira a grama e pequenas ervas das redondezas, as condições ficam ideais para que a planta cresça – e mantenha o ninho bonito aos olhos da fêmea.
“Não achamos que os caramancheiros estejam cultivando estas plantas intencionalmente, mas esse acúmulo de objetos preferidos perto de um local de habitação é, seguramente, a forma como todo cultivo começa”, argumentou Joah Madden, líder do estudo, em material divulgado pela Universidade de Exeter, na Inglaterra.
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SP marca 3º leilão de créditos de carbono e prevê levantar 86% menos

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Queda prevista é de R$ 37 milhões para 5 milhões. Leilão será em junho. Segundo prefeitura, valor menor é reflexo da crise na Europa.


A Prefeitura de São Paulo e a BM&FBovespa marcaram para o próximo 12 de junho leilão público para a venda de 530 mil créditos de carbono obtidos pelo município graças a ações que reduziram o lançamento de gases de efeito estufa do Aterro Bandeirantes, um dos maiores da América Latina.
Segundo a Secretaria de Finanças, o valor estimado de arrecadação é de R$ 5 milhões. A estimativa é bastante inferior ao que foi obtido nos dois leilões anteriores que arrecadaram, respectivamente, R$ 34 milhões (em 2007) e R$ 37 milhões (em 2008). Os recursos obtidos são, obrigatoriamente, investidos em projetos ambientais nas áreas próximas aos aterros.
De acordo com o governo paulistano, o valor mais baixo é reflexo da crise econômica na Europa, já que participam no leilão apenas instituições privadas de países desenvolvidos que são membros do Protocolo de Kyoto.
O edital, disponibilizado no site da Bovespa, já pode ser consultado pelas empresas interessadas. Elas devem solicitar habilitação até 7 de maio e estar com documentos e requisitos aptos para os lances.
A prática do leilão de créditos de carbono está prevista dentro do chamado "Mecanismo de Desenvolvimento Limpo" (MDL), um dos instrumentos do Protocolo, criado em 1997 para diminuir a emissão de gases de efeito estufa no planeta.
Dentro de Kyoto, países desenvolvidos, como os europeus por exemplo, têm obrigação de reduzir suas emissões de gases estufa. Países em desenvolvimento, como o Brasil, não são obrigados. No entanto, o MDL prevê que esse segundo grupo possa criar projetos que contribuam para essas reduções, gerando "créditos". Esses créditos podem ser comprados por países desenvolvidos, para serem descontados de suas metas obrigatórias dentro do Protocolo.
Inicialmente, Kyoto expiraria no fim deste ano, mas foi prorrogado para um novo período que vale a partir de 2013 e expira em 2017, conforme decisão tomada na última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 17, realizada na África do Sul.
Imagem aérea do aterro dos Bandeirantes, em São Paulo, considerado um dos maiores da América Latina. (Foto: Divulgação/Loga)Imagem aérea do aterro dos Bandeirantes, em São Paulo, considerado um dos maiores da América Latina.
Negociações
São Paulo faz parte do mercado de carbono desde 2007, após implantar tecnologias limpas nos dois principais aterros da cidade, o Bandeirantes e o São João, que evitam a liberação de gases causadores de efeito estufa.
De acordo com a prefeitura, o Bandeirantes, por exemplo, localizado na Rodovia dos Bandeirantes, na altura do bairro de Perus, consegue diminuir o impacto do tratamento do lixo por meio de uma usina térmica, sistema que capta os gases liberados durante a combustão dos resíduos, transformando-os em energia elétrica.
Cada crédito equivale a uma tonelada de CO2 não emitida -- portanto, 530 mil toneladas de CO2 deixaram de ser liberados na atmosfera com o aterro, segundo a prefeitura.
Leilões anteriores
Créditos de carbono gerados por aterros de São Paulo já foram leiloados anteriormente. Em 2007, no primeiro leilão deste tipo no Brasil, foram negociados créditos correspondentes a 808.450 toneladas provenientes do Aterro dos Bandeirantes.
De acordo com a Bovespa, o banco europeu NV/SA arrematou o lote por 16,20 euros a tonelada, pagando à prefeitura o equivalente a R$ 34 milhões na época.
A segunda negociação ocorreu no ano seguinte, quando foram leiloadas 713 mil toneladas por 19,20 euros a tonelada de carbono. Neste caso, o município recebeu R$ 37 milhões, com um ágio de 35,21% em relação ao preço mínimo da tonelada, estipulada inicialmente em 14,20.
Como funciona?
Países que devem cumprir as normas impostas por meio do Protocolo de Kyoto, criado em 1997, devem participar do mercado de créditos de carbono.
Na prática, a compra das toneladas de CO2 significam uma "permissão" para liberar gases de efeito estufa por indústrias de nações desenvolvidas do Hemisfério Norte que não conseguem cumprir as metas impostas no protocolo.
O documento prevê a redução de emissões de gases em 5,2% entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990. O tratado não compreende os Estados Unidos, um dos principais poluidores, e não obriga ações imediatas de países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil. Mesmo assim, empresas nacionais e a BM&FBovespa criaram um mercado voluntário de créditos de carbono.
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SP marca 3º leilão de créditos de carbono e prevê levantar 86% menos

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Queda prevista é de R$ 37 milhões para 5 milhões. Leilão será em junho. Segundo prefeitura, valor menor é reflexo da crise na Europa.


A Prefeitura de São Paulo e a BM&FBovespa marcaram para o próximo 12 de junho leilão público para a venda de 530 mil créditos de carbono obtidos pelo município graças a ações que reduziram o lançamento de gases de efeito estufa do Aterro Bandeirantes, um dos maiores da América Latina.
Segundo a Secretaria de Finanças, o valor estimado de arrecadação é de R$ 5 milhões. A estimativa é bastante inferior ao que foi obtido nos dois leilões anteriores que arrecadaram, respectivamente, R$ 34 milhões (em 2007) e R$ 37 milhões (em 2008). Os recursos obtidos são, obrigatoriamente, investidos em projetos ambientais nas áreas próximas aos aterros.
De acordo com o governo paulistano, o valor mais baixo é reflexo da crise econômica na Europa, já que participam no leilão apenas instituições privadas de países desenvolvidos que são membros do Protocolo de Kyoto.
O edital, disponibilizado no site da Bovespa, já pode ser consultado pelas empresas interessadas. Elas devem solicitar habilitação até 7 de maio e estar com documentos e requisitos aptos para os lances.
A prática do leilão de créditos de carbono está prevista dentro do chamado "Mecanismo de Desenvolvimento Limpo" (MDL), um dos instrumentos do Protocolo, criado em 1997 para diminuir a emissão de gases de efeito estufa no planeta.
Dentro de Kyoto, países desenvolvidos, como os europeus por exemplo, têm obrigação de reduzir suas emissões de gases estufa. Países em desenvolvimento, como o Brasil, não são obrigados. No entanto, o MDL prevê que esse segundo grupo possa criar projetos que contribuam para essas reduções, gerando "créditos". Esses créditos podem ser comprados por países desenvolvidos, para serem descontados de suas metas obrigatórias dentro do Protocolo.
Inicialmente, Kyoto expiraria no fim deste ano, mas foi prorrogado para um novo período que vale a partir de 2013 e expira em 2017, conforme decisão tomada na última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 17, realizada na África do Sul.
Imagem aérea do aterro dos Bandeirantes, em São Paulo, considerado um dos maiores da América Latina. (Foto: Divulgação/Loga)Imagem aérea do aterro dos Bandeirantes, em São Paulo, considerado um dos maiores da América Latina. 
Negociações
São Paulo faz parte do mercado de carbono desde 2007, após implantar tecnologias limpas nos dois principais aterros da cidade, o Bandeirantes e o São João, que evitam a liberação de gases causadores de efeito estufa.
De acordo com a prefeitura, o Bandeirantes, por exemplo, localizado na Rodovia dos Bandeirantes, na altura do bairro de Perus, consegue diminuir o impacto do tratamento do lixo por meio de uma usina térmica, sistema que capta os gases liberados durante a combustão dos resíduos, transformando-os em energia elétrica.
Cada crédito equivale a uma tonelada de CO2 não emitida -- portanto, 530 mil toneladas de CO2 deixaram de ser liberados na atmosfera com o aterro, segundo a prefeitura.
Leilões anteriores
Créditos de carbono gerados por aterros de São Paulo já foram leiloados anteriormente. Em 2007, no primeiro leilão deste tipo no Brasil, foram negociados créditos correspondentes a 808.450 toneladas provenientes do Aterro dos Bandeirantes.
De acordo com a Bovespa, o banco europeu NV/SA arrematou o lote por 16,20 euros a tonelada, pagando à prefeitura o equivalente a R$ 34 milhões na época.
A segunda negociação ocorreu no ano seguinte, quando foram leiloadas 713 mil toneladas por 19,20 euros a tonelada de carbono. Neste caso, o município recebeu R$ 37 milhões, com um ágio de 35,21% em relação ao preço mínimo da tonelada, estipulada inicialmente em 14,20.
Como funciona?
Países que devem cumprir as normas impostas por meio do Protocolo de Kyoto, criado em 1997, devem participar do mercado de créditos de carbono.
Na prática, a compra das toneladas de CO2 significam uma "permissão" para liberar gases de efeito estufa por indústrias de nações desenvolvidas do Hemisfério Norte que não conseguem cumprir as metas impostas no protocolo.
O documento prevê a redução de emissões de gases em 5,2% entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990. O tratado não compreende os Estados Unidos, um dos principais poluidores, e não obriga ações imediatas de países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil. Mesmo assim, empresas nacionais e a BM&FBovespa criaram um mercado voluntário de créditos de carbono.
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Clarear superfícies das cidades pode reduzir aquecimento global, diz estudo

.. domingo, 15 de abril de 2012

Telhados e ruas mais claros refletiriam raios do Sol e reduziriam temperatura. Menor uso do ar condicionado também diminuiria emissões de CO2.


Mudar a cor dos telhados e da pavimentação das ruas de todo o mundo pode reduzir o aquecimento global e, por consequência, também nível de poluição. A conclusão é de um estudo canadense publicado nesta sexta-feira (13) pela revista científica “Environmental Research Letters”, que simulou o efeito que a medida teria em longo prazo.

A ideia dos cientistas é deixar a superfície das cidades mais claras para aumentar o reflexo dos raios solares. Quanto mais escuro é um objeto, mais ele absorve o calor. Cidades mais claras seriam, portanto, também mais frescas para seus habitantes.
Se os prédios passarem a ter temperaturas mais amenas, a tendência é que o uso do ar condicionado diminua. Com isso, cairia o consumo de energia elétrica. Como a maior parte da eletricidade do mundo é produzida por usinas termoelétricas a carvão e a gás, as emissões de CO2 também diminuiriam.
Os autores acreditam que é possível reduzir as emissões de CO2 em até 150 bilhões de toneladas. O número corresponde à poluição produzida por todos os carros do mundo ao longo de 50 anos.
Naturalmente, seria muito complicado mudar todos os telhados e a cobertura de todas as ruas do mundo de uma vez só. No entanto, os pesquisadores ressaltaram que os telhados são trocados a cada 20 ou 30 anos, e que as ruas precisam ser repavimentadas, em média, a cada dez anos. Seria possível, assim, aproveitar as trocas para aplicar superfícies mais claras, que trariam o resultado desejado.
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Pacto de ONGs e empresas quer coibir exploração ilegal de carvão

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Objetivo é reduzir desmatamento no Cerrado, Amazônia e Caatinga. Carvão vegetal é utilizado pela indústria na produção do aço.


Com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, organizações não governamentais e empresas da cadeia produtiva de aço firmaram pacto nesta quinta-feira (12) que coíbe o desmate ilegal nos biomas do país devido à exploração do carvão vegetal.
O grupo de trabalho, chamado “GT do Carvão Sustentável”, pretende estabelecer regras independentes para a compra e venda da matéria-prima, além de aumentar a efetividade de sistemas de rastreamento no combate ao comércio ilegal e trabalho escravo nas carvoarias.
As ações fortaleceriam a fiscalização já feita pelo governo federal, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Ibama apreende 750 sacas de carvão e destrói fornos de carvoaria em MT (Foto: Divulgação / Ibama)Fornos de carvoaria ilegal encontrados pelo Ibama no
Mato Grosso. Produção de carvão vegetal no Brasil
aumentou 50% em dez anos, diz ministra
(Foto: Divulgação / Ibama)
Pressão ambiental
Durante o lançamento do pacto, realizado em São Paulo, a ministra  Izabella Teixeira disse que nos últimos dez anos o consumo de carvão vegetal no Brasil aumentou 50%, o que causa uma pressão nos biomas.
"Isso fez com que a exploração, que antes era principalmente no Cerrado, se expandisse para outros biomas, como a Amazônia, principalmente no Pará e no Maranhão. Não tem sentido destruir a biodiversidade para fazer carvão vegetal”, disse.
A preocupação da ministra é que se nada for feito pelo setor para atender a demanda nos próximos anos, pode ocorrer uma maior supressão de floresta nativa no Cerrado, na Amazônia e na Caatinga. Izabella informou que atualmente, 50% de todo carvão vegetal produzido no país vem de áreas plantadas e o restante de floresta nativa “não necessariamente desmatada de forma ilegal”.
Dados
De acordo com dados preliminares de uma pesquisa realizada pelas ONGs WWF, Instituto Ethos, Fundación Avina e Repórter Brasil, até 2020 será necessário 1 milhão de km² de floresta plantada no país para suprir a demanda industrial.
É como se, nos próximos oito anos, as empresas plantassem eucalipto e outras árvores de crescimento rápido em uma área equivalente a mais de quatro vezes o tamanho do estado de São Paulo. Atualmente, o Brasil tem cerca de 70 mil km² de floresta plantada destinada à produção de carvão, papel e celulose.
“Tem muito pouca floresta plantada, um dos propósitos desse grupo de trabalho é ‘sentar’ com a indústria e ter uma claridade sobre exatamente de quanto temos de florestas plantadas e em quanto tempo vamos tê-las”, disse Michael Becker, coordenador do programa Cerrado/Pantanal do WWF.

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Mapa mostra direção e velocidade dos ventos dos EUA em tempo real

.. segunda-feira, 9 de abril de 2012

Projeto foi realizado pela brasileira Fernanda Viegas, do Google. Objetivo é mostrar vitalidade do planeta e incentivar energias renováveis.


Informações sobre condições locais dos ventos, como direção e intensidade, estão disponíveis nos serviços de previsão do tempo. Mas dados isolados de diferentes cidades não deixam perceber a movimentação dos ventos em larga escala. É isto que o "Mapa dos Ventos"  tenta resolver.
Lançado em 28 de março pela brasileira Fernanda Viegas e pelo americano Martin Wattenberg, ambos do Google, o mapa mostra em tempo real os fluxos de vento, representados por linhas brancas que se movem sobre o território dos Estados Unidos.
"Para mim, o interessante nesse tipo de visualização é a possibilidade de ajudar as pessoas a perceberem a beleza e vitalidade do nosso planeta", conta Fernanda, que é referência mundial em visualização de dados e foi incluída na lista das mulheres mais influentes na área da tecnologia, elaborada pela revista "FastCompany".
Por enquanto, o mapa se restringe aos EUA, que disponibilizam uma base de dados detalhada da previsão climática do país em tempo real. Mas Fernanda e Wattenberg têm interesse de expandir o projeto para outros países - caso eles também liberem este tipo de informação.
Além do sentido do movimento, é possível perceber a intensidade dos ventos. Quanto mais linhas brancas no mesmo sentido, maior é a velocidade. Assim, áreas mais brancas indicam presença de ventos mais fortes. Também é possível visualizar os fluxos de vento de dias anteriores na galeria de mapas do projeto e comparar a mudança na movimentação do ar.
"Uma das motivações para trabalharmos no Wind Map foi a ideia de inspirar o uso de energias renováveis", diz Fernanda. O projeto é uma iniciativa independente, não ligada ao Google.
Mapa é atualizado em tempo real com dados da Previsão Climática Digital Americana. No dia 27 de março, os ventos estavam fortes, principalmente na região central do país e na área em torno dos Grandes Lagos. (Foto: Reprodução / The Wind Map)Mapa dos ventos é atualizado em tempo real com dados da Previsão Climática Digital Americana. Em 3 de abril, os ventos não estavam muito intensos - o que pode ser percebido devido à tonalidade mais escura do mapa 
O mapa dos ventos foi lançado em 28 de março e já contava com uma galeria dos ventos de dias anteriores. Em 27 de março, por exemplo, os ventos estavam fortes, principalmente na região central do país e na área em torno dos Grandes Lagos. (Foto: Reprodução / The Wind Map)O mapa dos ventos foi lançado em 28 de março e já contava com uma galeria dos ventos de dias anteriores. Em 27 de março, por exemplo, os ventos estavam fortes, principalmente na região central do país e na área em torno dos Grandes Lagos. 
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Nasa mapeia em 3D tornados que atingiram cidade do Texas, nos EUA

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Ao menos 18 alertas de tornados foram registrados na última terça-feira (3). Segundo a Nasa, tempestades alcalçaram até 13 km de altura.


A agência espacial americana (Nasa) conseguiu mapear em três dimensões (3D) as tempestades que atingiram a região de Dallas, no Texas, na última terça-feira (3), causando grandes estragos materiais.
As duas imagens divulgadas, feitas com a ajuda do sistema "Missão de Medição de Precipitação Tropical" (TRMM, na sigla em inglês), mostram a altura das nuvens de tempestade as taxas de precipitação registradas. Esse tipo de tempestade pode alcançar até 13 km de altura, de acordo com a Nasa.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), na terça feira foram emitidos 18 alertas de tornados sobre o nordeste do Texas. Nessas tempestades, segundo a NOAA, caíram granizos do tamanho de bolas de beisebol.
Imagens das TVs locais, difundidas pela rede CNN nesa terça, mostraram carros, caminhões e trens virados nos campos.
Um estacionamento de caminhões em Dallas foi atingido, e duas carrocerias tombaram com a força do vento, disse o motorista de caminhão Michael Glennon, que gravou a destruição em sua câmera de vídeo. "A segunda carroceria ficou em pedaços e voou entre 50 e 100 pés (15 a 30 metros) no ar".
Casas e árvores foram destruídas, segundo a imprensa local. Todos os voos do aeroporto internacional de Dallas-Fort Worth ficaram no chão por questão de segurança, segundo um porta-voz da American Airlines.
Tempestades captadas por sistema da Nasa na última terça-feira (3), nos arredores de Dallas, nos Estados Unidos (Foto: Hal Pierce/NASA/SSAI )Tempestades captadas em 3D por sistema da Nasa na última terça-feira (3), por volta das 20h33, hora local, nos arredores de Dallas, nos Estados Unidos. 
Tempestades captadas por sistema da Nasa na última terça-feira (3), nos arredores de Dallas, nos Estados Unidos (Foto: Hal Pierce/NASA/SSAI)Tornados destruíram casas e desabrigaram famílias na região do Texas. Além do estado, a tempestade atingiu também o Arkansas e parte de Oklahoma. 
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Desmate na Amazônia quase triplica de janeiro a março de 2012, diz Inpe

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Menor quantidade de nuvens no bioma revelou mais áreas degradadas. Governo diz que houve aumento da detecção, mas não do desmatamento.


Entre janeiro e março de 2012, o desmatamento na Amazônia Legal quase que triplicou, se comparado com o mesmo período do ano passado.
O volume de nuvens foi menor no primeiro trimestre deste ano, o que elevou a qualidade de visualização dos chamados "polígonos de desmatamento".
Os dados foram divulgados pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nesta quinta-feira (5), em coletiva realizada em Brasília.
Segundo o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro trimestre os satélites detectaram a perda de 389 km² da cobertura florestal, número que é 188% maior se comparado ao mesmo período de 2011 (135 km²).
A ministra não considera que os dados não representam um crescimento no desmate, já que, para ela, a redução da quantidade de nuvens sobre o bioma facilitou a fiscalização feita por sensoriamento remoto. "Não temos crise de desmatamento, como foi ano passado, não tem aumento de desmatamento", disse.
Estado do Amapá tem 76,6% de seu território coberto pela floresta amazônica. Na imagem, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque. (Foto: Divulgação/Grayton Toledo/Governo do Amapá)Redução do volume de nuvens sobre a Amazônia melhorou a visualização por satélite. Desmate triplicou no primeiro trimestre de 2012, se comparado ao mesmo período do ano passado. 
Em fevereiro de 2011, apenas de 1 km² de vegetação derrubada foi detectado, já que a cobertura de nuvens era de 93%. Neste ano, o mês registrou desmate de 307 km², a maior parte no Mato Grosso (285 km²). "Ano passado não havia desmatamento detectado porque nós não víamos nada", disse Gilberto Câmara, diretor do Inpe.
Para Câmara, a pesquisa em campo feita pelos órgãos de fiscalização verificou que 68% das áreas encontradas devastadas (por desmate e queimadas) resultam de atividades ilegais ocorridas em 2011.
Estabilidade
A ministra também ressaltou que não houve aumento absoluto no desmate ao comparar o período de agosto de 2011 a março de 2012 com os mesmo meses entre 2010 e 2011.
Entretanto, chamou a atenção para a elevação de atividades ilegais (no período, desmate subiu de 12 km² para 56 km²). O aumento pode estar associado a uma migração de desmatadores do Pará para o estado. Segundo Izabella, órgãos ambientais vão melhorar a fiscalização na região.
Código florestal
Sobre as mudanças na legislação ambiental, que tramita na Câmara dos Deputados, pode também influenciar o desmatamento, de acordo com o governo. "Ainda tem gente em campo dizendo, segundo os relatos da inteligência, que você pode desmatar que vai ser anistiado". 
"As equipes têm se deparado com colocações de que o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais] não teria competência mais de fiscalizar. Não é verdade", disse ela. Só este ano, o Ibama aplicou quase R$ 50 milhões em multas por desmatamento na Amazônia e embargou áreas, principalmente no Mato Grosso e Pará.
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Carcaça de mamute com 10 mil anos tem marcas de 'ataque' humano

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Filhote foi encontrado na Sibéria por caçadores e entregue a cientistas. Após ser morto por um leão, ele pode ter sido aberto por humanos antigos.


Uma carcaça de um filhote de mamute, conservada no gelo da Sibéria por 10 mil anos, tem marcas que podem indicar que o animal foi atacado por um leão e, em seguida, aberto por humanos antigos, segundo reportagem do jornal "Daily Mail". A descoberta pode ser uma evidência de que seres humanos caçavam e se alimentavam da espécie.

Apelidada de Yuka, a carcaça do animal foi encontrada por caçadores da Sibéria e entregue a uma organização dedicada aos mamutes. Ela está muito bem preservada, com ossos, peles e pelos do corpo inteiro, algo muito raro.
Além disso, Yuka chamou a atenção dos cientistas porque tem pelos loiros. Antes dele, os cientistas já especulavam que alguns mamutes poderiam ter apresentado pelos nesta coloração, mas ainda não havia nenhuma evidência direta.
Carcaça de filhote de mamute está muito bem conservada, com ossos, pele e pelos. (Foto: Reprodução / Daily Mail)Carcaça de filhote de mamute está muito bem conservada, com ossos, pele e pelos. 
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Produtos naturais ganham mercado e substituem fertilizantes e agrotóxicos

.. segunda-feira, 2 de abril de 2012

Embrapa vai lançar orgânicos e espera ganhar 20% do mercado. Outra tecnologia nacional troca agrotóxicos por vespas e conquista produtor.


Em abril, Embrapa vai lançar dois fertilizantes orgânicos produzidos a partir de resíduos poluentes. (Foto: Divulgação / Embrapa / Vinicius Benites)Em abril, a Embrapa vai lançar dois fertilizantes
orgânicos produzidos a partir de poluentes
Quarto maior consumidor de fertilizantes e um dos líderes mundiais no uso de agrotóxicos, o Brasil começa a expandir duas novas tecnologias naturais para aumentar a fertilidade dos solos e combater pragas. Resultado de pesquisas nacionais, os fertilizantes orgânicos da Embrapa e o controle de pragas com uso de vespas e ácaros, da empresa brasileira BUG, são opções sustentáveis que garantem a produtividade e saúde da lavoura.
A primeira novidade será lançada pela Embrapa no início de abril e deve estar disponível no mercado em breve. A partir de resíduos agroindustriais poluentes, como fezes de porco, a empresa desenvolveu dois tipos de fertilizantes orgânicos, tão eficientes quanto os tradicionais segundo a Embrapa. Por reaproveitar os resíduos, a tecnologia é considerada um tipo de reciclagem.
Um dos fertilizantes já tem nome. É o “agroporco”. O outro, ainda sem nome oficial, é produzido a partir de um resíduo da produção de frango de corte, chamado cama de aviário. A eles são misturados minerais, que ajudam na penetração dos nutrientes no solo.
Mercado
A nova tecnologia pode transformar o mercado brasileiro de fertilizantes. A expectativa é que em 20 anos ela abasteça até 20% da necessidade nacional e diminua a dependência internacional - hoje, 75% dos fertilizantes consumidos no Brasil são importados, segundo a Embrapa Solos.
Além disso, esta pode ser uma importante tecnologia para tratar os resíduos agroindustriais, que podem contaminar o meio ambiente e são produzidos em alta quantidade no Brasil - que possui um dos maiores rebanhos mundiais e é um grande criador de frango de corte.
“Importamos muito fertilizante e temos muito resíduo animal no Brasil, que é um passivo ambiental. A tecnologia resolve os dois problemas. Estamos falando de [abastecer] 20% da demanda nacional de fertilizante. É algo fantástico”, afirma José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos.
Segundo Polidoro, os fertilizantes organominerais podem ser mais eficientes que os tradicionais e são mais adequados à região tropical, já que liberam mais rapidamente os nutrientes. Além disso, eles têm “menor potencial de provocar problemas ambientais”, ou seja, de contaminar águas e solos.
Os fertilizantes orgânicos foram testados centro tecnológico da Comigo, parceiro da Embrapa, em no Rio Verde (GO). (Foto: Divulgação / Embrapa / Vinicius Benites)Os fertilizantes orgânicos foram testados no centro tecnológico da Comigo, parceiro da Embrapa, em Rio Verde (GO
Vespas e ácaros
Outra opção natural e eficiente para a agricultura é o controle biológico de pragas, que está conquistando produtores, pequenos e grandes, e ganhando reconhecimento no mercado. O destaque nacional é a empresa BUG, sediada em Piracicaba (SP), que entrou na lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo em 2012, da revista americana de empreendedorismo “Fast Company”.
Dividindo a lista com gigantes como Google, Facebook e Amazon e desbancando grandes empresas nacionais como Petrobras e Embraer, a BUG nasceu nos laboratórios de duas importantes universidades brasileiras: a Unesp e a USP. Os sócios da empresa fizeram faculdade juntos e depois voltaram a se encontrar no mestrado. Em seguida, eles desenvolveram uma forma de aplicar as pesquisas acadêmicas em larga escala.
“Na universidade, já havia sido desenvolvido um sistema de produção [de controle biológico de pragas] em pequena escala, com o qual nós também colaboramos. Nós pegamos este sistema e desenvolvemos tecnologia para aplicá-lo em massa. Hoje temos biofábricas, produzimos organismos e levamos isto para o campo”, conta Marcelo Poletti, um dos sócios da BUG.
O princípio do controle biológico aplicado é combater pragas com insetos parasitas. Na BUG, são produzidas vespas do gênero Trichogramma. Elas atacam ovos de mariposas e borboletas e combatem a lagarta, grande inimiga de importantes lavouras, como cana e soja. Além disso, a BUG produz ácaros que combatem inimigos de plantações de hortifrutis e flores.
Os inimigos naturais substituem os agrotóxicos, que podem contaminar os alimentos, o meio ambiente e a saúde de quem faz a aplicação. Além de ecológica, a alternativa chega a ser mais eficiente que os químicos, cujo uso contínuo pode fazer as pragas ficarem resistentes. “A resistência da praga ao inseticida acaba prejudicando muito a aplicação [de agrotóxico]. Já com o controle biológico isso não acontece. A praga não fica resistente ao predador, à vespinha ou ao ácaro”, explica Poletti.
Na aplicação, cartelas de ovos de vespas são colocadas na plantação. Quando elas nascem, o controle de pragas ocorre naturalmente. Os produtos são registrados no Ministério da Agricultura, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no Ibama. Ao contrário dos agrotóxicos, as embalagens não contêm o símbolo da caveira.
Marcelo Poletti, agrônomo e um dos diretores da diretor da BUG, em laboratório na unidade de Charqueada. (Foto: Divulgação / BUG)Marcelo Poletti, agrônomo e um dos diretores da BUG, em laboratório na unidade de Charqueada (Foto: Divulgação/BUG)
Embrapa
“Vamos oferecer dois produtos específicos e tivemos que fechar uma fórmula. Mas existe uma variedade muito grande de fórmulas possíveis para fertilizantes organominerais”, conta Vinicius Benites, também pesquisador da Embrapa Solos. Por isso, existe a possibilidade de oferecer novas linhas no mercado.
A partir do lançamento oficial dos produtos, a ideia da Embrapa é estimular a criação de unidades de produção em pequena e média escala em todo o Brasil. “Nosso interesse é estimular a indústria. Aí sim, esse tipo de fertilizante poderá abastecer no futuro até 20% da demanda nacional”, explica Polidoro.
A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa há 5 anos, foi finalizada em 2011. Mas ela só começa a ser transferida em 2012 devido ao tempo necessário para registrar patentes. “Agora a tecnologia está pronta para ser transferida. Sabemos que ela é viável e temos estimativas de custos de produção”, comenta Vinicius Benites. Uma fábrica para produzir 30 mil toneladas de fertilizante organomineral, por exemplo, teria um custo de instalação de cerca de R$ 4 milhões.
Além da produção comercial, a tecnologia pode ser usada para resolver problemas ambientais. É o caso da hidrelétrica de Itaipu, que está preocupada com a segurança da qualidade da água do reservatório devido a uma possível contaminação por resíduos da suinocultura, forte na região. Juntas, Embrapa e Itaipu estão desenhando um projeto para produzir fertilizantes organominerais e eliminar os resíduos.
 O controle natural de pragas é feito com insetos parasitas. Na imagem, a vespa flavipes parasita a broca-da-cana. (Foto: Divulgação / BUG / Heraldo Negri)O controle natural de pragas é feito com insetos parasitas. Na imagem, a vespa flavipes parasita a broca-da-cana
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Já a aplicação do controle biológico de pragas já é uma realidade. As vespas da BUG, por exemplo, atendem mais de 500 mil hectares de plantações de cana no Brasil, principalmente em São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Os ácaros estão presentes em outros mil hectares de hortifruti.
Além da BUG, outras empresas exploram o controle biológico e planejam aumentar sua participação no lucrativo mercado de combate a pragas agrícolas. A Associação Brasileira de Controle Biológico já conta com mais de 19 empresas, que também trabalham com fungos e bactérias.
“No Brasil, o controle biológico representa apenas 1% do valor da receita obtida com a venda de agrotóxicos. O que nós estimamos, sendo muito otimistas, é que em 5 anos vamos chegar em 8%. Hoje já temos grandes multinacionais investindo no setor, o que vai ajudar a aumentar esse número”, afirma Poletti.
Uma barreira para a expansão do controle biológico é a resistência dos agricultores, que está diminuindo. “Nós apresentávamos o produto para o agricultor e ele dizia: 'eu já tenho problemas com inseto, você quer trazer mais inseto?'”, conta o sócio da BUG. “Eles achavam que as vespas e os ácaros iam causar danos à cultura. Muitas pessoas nunca imaginaram que os insetos poderiam ser usados com essa função e estão descobrindo isto agora.”
O agricultor Adalberto Granghelli, que planta tomate em Jaquariúna (SP), é um deles. “Eu comecei [a usar as vespas] meio incrédulo. Comecei fazendo testes em pequenas áreas e hoje uso em toda a plantação, substituindo algumas aplicações de agrotóxico. Meus funcionários também não acreditavam e hoje reclamam quando eu não compro os ovos”, comenta ele, satisfeito com a nova tecnologia.
O custo para o produtor é, segundo a BUG, menor que o da aplicação de agrotóxicos. “Inicialmente, quando é feita a transição do convencional para o biológico, o custo é o mesmo. Mas, quando se considera todo o ciclo da cultura há uma economia de 30 a 40%”, diz Poletti. Uma alternativa que, além de ecológica, pode ser mais eficiente e mais econômica.
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