É a maior multa criminal já paga na história dos EUA, segundo agências. Empresa se declarou culpada pelo acidente e pelo derramamento de óleo.
A petrolífera britânica BP declarou-se culpada nesta quinta-feira (15) das acusações criminais relacionadas com o vazamento de petróleo no Golfo do México em abril de 2010 e concordou em pagar US$ 4,5 bilhões ao longo de seis anos ao governo dos EUA, segundo comunicado divulgado pela empresa.
Segundo a nota, a empresa vai pagar US$ 4 bilhões, em cinco anos, ao Departamento de Justiça dos EUA para finalizar todas as reclamações pelo pior derramamento de petróleo na história do país e outros US$ 525 milhões, em três anos, à SEC (Securities and Exchange Commission) por reclamações aos órgãos reguladores. O acordo ainda tem de ser aprovado em tribunal federal no país.
"Desde o início, temos respondido ao vazamento, pagamos reivindicações legítimas e financiamos esforços de restauração no Golfo. Pedimos desculpas por nosso papel no acidente e, como a resolução de hoje com o governo dos EUA ainda reflete, aceitamos a responsabilidade por nossas ações", escreveu o presidente-executivo da BP, Bob Dudley.
Segundo as agências de notícias, o valor pago é recorde por uma multa criminal norte-americana. O recorde anterior era detido pela Pfizer Inc, que pagou uma multa de US$ 1,3 bilhões em 2009 por uma fraude de marketing.
O desastre ambiental de Deepwater Horizon, no Golfo do México, ocorreu em abril de 2010 e 11 trabalhadores morreram.
A empresa disse ainda estar preparada para se defender de outras reclamações civis.
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