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Fotógrafo captura briga entre ursos

.. quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Animais disputaram salmão em parque do Alasca.
Imagens surpreenderam o próprio autor.


O fotógrafo japonês Shogo Asao foi ao Parque Nacional Katmai, no Alasca (EUA), na esperança de capturar a interação de duas das principais atrações no local: os ursos e os salmões. Acabou flagrando uma briga de 15 minutos entre dois ursos cinzentos que disputavam um salmão. Veja galeria de fotos.
'De repente vi dois ursos se observando e rugindo', contra Asao.
'É a primeira vez que vejo uma cena dessas. Estava tão perto dos animais que tive de ficar completamente imóvel até que eles desaparecessem.'
A proximidade com a briga fez com que o fotógrafo temesse ser percebido pelos animais, o que não aconteceu. Asao disse que ficou imóvel até que os dois ursos se acalmassem e se afastassem.
 O fotógrafo japonês Shogo Asao foi ao Parque Nacional Katmai, no Alasca (EUA), na esperança de capturar a interação de duas das principais atrações no local: os ursos e os salmões. Acabou fotografando uma briga entre ursos.  (Foto: Shogo Asao/NHPA/Photoshot)O fotógrafo japonês Shogo Asao foi ao Parque Nacional Katmai, no Alasca (EUA), na esperança de capturar a interação de duas das principais atrações no local: os ursos e os salmões. Acabou fotografando uma briga entre ursos. 
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Em 9 países, floresta amazônica perdeu 240 mil km² de 2000 a 2010

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Número é de rede de ONGs que levantou dados do Brasil e vizinhos. Ambientalista diz que Amazônia pode sofrer mais com 'novas ameaças'.


Entre 2000 e 2010, a floresta amazônica, distribuída por nove países da América do Sul, perdeu o total de 240 mil km² devido ao desmatamento, o equivalente a uma Grã-Bretanha, de acordo com dados reunidos pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciadas (RAISG), divulgados nesta terça-feira (4) por 11 organizações não governamentais.

É como se, em 11 anos, “sumisse do mapa” área equivalente a quase seis vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Os números fazem parte do documento “Amazônia sob pressão”, que reúne informações sobre a degradação registrada ao longo da última década na região englobada pelo bioma.
O documento reuniu dados oficiais de governos que detêm partes da Amazônia. No caso do Brasil, foram usados dados do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável por divulgar anualmente a taxa de devastação do bioma no Brasil.
O relatório mensura ainda possíveis ameaças à floresta, que passa por uma acelerada transformação devido a obras de infraestrutura como hidrelétricas, estradas, além de atividades ilegais como a mineração.
Com isso, segundo a publicação, o ritmo atual de implantação desses tipos de empreendimentos poderia causar, nos próximos anos, o desaparecimento de até metade da selva amazônica atual, que cobre uma extensão de 7,8 milhões de km², cerca de 12 macrobacias, compartilhadas por 1.497 municípios.
“A Amazônia está fortemente inserida num processo de degradação, fragmentação e supressão. Nos últimos 50 anos, uma combinação de novas formas de ocupação tem suprimido essa paisagem por outra, mais seca que homogênea”, explica Beto Ricardo, da ONG Instituto Socioambiental (ISA), coordenador da rede amazônica que elaborou a pesquisa.
Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na Venezuela. A imagem foi feita em 17 de novembro deste ano durante sobrevoo sobre a região (Foto: Jorge Silva/Reuters)Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na Venezuela. A imagem foi feita em 17 de novembro deste ano durante sobrevoo sobre a região 
Ameaças e pressões
De acordo com o levantamento, todas as sub-bacias amazônicas foram afetadas por algum tipo de ameaça ou pressão -- construção de estradas, exploração de petróleo e gás, construção de hidrelétricas, implantação de garimpos para mineração, desmatamento e queimadas.
Sobre a construção de estradas, o documento afirma que planos para conectar os oceanos Atlântico ao Pacífico aceleram a pressão sobre a Amazônia, e que o Peru e a Bolívia são os países que detêm o maior número de rodovias construídas no meio da floresta.

O relatório aponta também que em toda a Amazônia existem 171 hidrelétricas em operação ou em desenvolvimento, além de 246 projetos em estudo.  No caso da mineração, as zonas de interesse somam 1,6 milhão de km² (21% do território do bioma), em especial na Guiana. Sobre a exploração de petróleo e gás, atualmente existem 81 lotes sendo explorados, mas há outros 246 que despertam interesse da indústria petrolífera.
Referente às queimadas, o relatório das ONGs diz que o sudeste da Amazônia, entre o Brasil e a Bolívia, concentra a maior quantidade de focos de calor -- a região recebe o nome de "arco do desmatamento". Esta faixa territorial vai de Rondônia, passando por Mato Grosso, até o Pará.
Imagem de 2010 mostra lote de madeira ilegal confiscado em Belém, no Pará (Foto: Divulgação/Paulo Santos)Imagem de 2010 mostra lote de madeira ilegal confiscado em Belém, no Pará (Foto: Divulgação/Paulo Santos)
Brasil é líder na degradação do bioma
O relatório computou dados da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Entre 2000 e 2010, o Brasil foi o principal responsável pela degradação da floresta (80,4%), seguido do Peru (6,2%) e Colômbia (5%). A quantidade é proporcional à área de floresta englobada pelo país (uma participação de 64,3% no território amazônico).
“Apesar dos dados de queda no desmatamento divulgados recentemente pelo governo, o Brasil é o país com maior passivo amazônico, especialmente por conta das estradas e da pecuária extensiva de baixa produtividade, apoiada em milhões de hectares de pastos degradados”, explica Ricardo.
Entre 2000 e 2010, o Brasil foi o principal responsável pela degradação da floresta
Na última semana, o Ministério de Meio Ambiente divulgou que o desmatamento da Amazônia Legal registrou o menor índice desde que foram iniciadas as medições, em 1988.
De acordo com dados do Prodes, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve a perda de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo. O índice é 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²).

Segundo o coordenador da rede amazônica, a degradação no bioma só não é maior graças às unidades de conservação e terras indígenas, que conseguem "frear" a tendência de desmate. "No entanto, elas não resistirão por muito tempo", acredita.
Ele afirma que, com o sistema, deverão ser implantadas rotinas de monitoramento das possíveis pressões e ameaças ao bioma, com o objetivo de aprimorar os dados de degradação de países que não têm um sistema rotineiro de observação, diferentemente do Brasil. "Queremos interagir com outras redes panamazônicas, disponibilizar informações e mobilizar as sociedades civis, além de interagir com os governos", disse Beto Ricardo.
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Discussão sobre extensão de Kyoto acelerou, diz negociador brasileiro

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Discussão sobre transferência de tecnologia e financiamento estaria travada. Embaixador Luiz Alberto Figueiredo falou a jornalistas na COP 18, em Doha.


O chefe da delegação brasileira na COP 18, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse nesta terça-feira (4), em coletiva realizada em Doha, no Qatar, que as negociações referentes à prorrogação do segundo período do Protocolo de Kyoto foram aceleradas com a chegada dos ministros de Estado.
Ainda segundo ele, estão sendo realizadas reuniões bilaterais entre blocos de países, como G77+China e o grupo de países-ilha, que contam com a atuação do Brasil como mediador. Ele confirmou que a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, participa das negociações.
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da delegação brasileira na COP 18 (Foto: Reprodução)O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da
delegação brasileira na COP 18 (Foto: Reprodução)
Nesta segunda-feira (3), o presidente da COP, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, convocou o Brasil e a Noruega a fazer consultas com os ministros a fim de tentar desentravar os trabalhos durante o segmento de alto nível, que começou nesta terça.
Figueiredo disse que ainda há duros entraves nas negociações referentes aos instrumentos de financiamento e transferência de tecnologia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
“Sobre os direitos intelectuais, os países desenvolvidos não querem entrar em acordo, infelizmente. Por isso nós precisamos ser fortes neste tipo de negociação”, afirma.
Ele citou que é preciso esclarecer melhor detalhes sobre o financiamento a longo prazo, baseado no plano desenhado em Copenhague, durante a COP 15, que prevê a partir de 2013 um "fundo climático" de até US$ 100 bilhões em 2020.
“Temos que pensar em como desenvolver os meios de implementação. Este assunto ainda é muito sensível, mas precisa ser resolvido”, disse
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (no meio), em evento que antecedeu a abertura do segmento de alto nível da COP 18 (Foto: Karim Jaafar/AFP)O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (o segundo da esquerda para a direita), em evento que antecedeu a abertura do segmento de alto nível da COP 18 (Foto: Karim Jaafar/AFP)
Cobrança de mais atitude na abertura
Na abertura oficial do segmento de alto nível, realizada mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância de todas as regiões do mundo exercerem um papel importante na crise climática. “Os sinais de perigo estão em todos os lugares (...) ninguém está imune à mudança climática, [países] ricos ou pobres”.
Ban disse que o problema é coletivo, portanto, todos devem ter a solução. “Qualquer adiamento significa um estrago maior no futuro”, enfatiza o secretário, citando a negociação sobre a prorrogação do Protocolo de Kyoto, acordo global que obriga países desenvolvidos a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e que expira no fim deste mês. “O Protocolo é uma base para avançarmos. Sua continuação em 1º de janeiro de 2013 irá mostrar que os governos estão comprometidos”, disse.
“Nós temos os recursos financeiros e tecnológicos para encarar este desafio. É imperativo que ajamos agora, com urgência e um objetivo claro. Cuidar da mudança climática é essencial para o desenvolvimento sustentável. Vamos provar paras as próximas gerações que temos a visão para saber para onde precisamos ir e a ação para chegar lá”, complementa Ban Ki-moon.
Kyoto 2.0
O Protocolo de Kyoto, criado em 1997, obriga nações desenvolvidas a reduzir suas emissões em 5,2%, entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990.
Segundo negociadores brasileiros ouvidos pelo G1, o segundo período, tratado pelos diplomatas como “Kyotinho” ou “Kyoto 2” passará a vigorar a partir de janeiro de 2013. No entanto, as regras criadas em 1997 serão alteradas.
A prorrogação do atual plano foi oficialmente registrada no fim de 2011, em troca da promessa de se criar um novo acordo global que envolveria todos os países, planejado para entrar em vigor em 2020.
Em uma primeira dimensão simbólica, Kyoto 2 deverá cobrir apenas 15% das emissões globais de gases de efeito estufa, os da União Europeia e da Austrália, já que o Canadá abandonou o protocolo e a Rússia e Japão não querem uma segunda etapa. A Austrália quer reduzir as suas emissões em 5% e a UE, em 20% até 2020.
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Pontas de cigarro usadas em ninhos protegem aves de ácaros, diz estudo

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Aves que vivem em áreas urbanas podem usar objeto para fazer o ninho. Autor considerou o resultado 'inesperado'.


As pontas de cigarro usadas pelas aves na Cidade do México para tecer seus ninhos servem para protegê-los de parasitas, diz uma pesquisa chefiada pelo mexicano Constantino Macías García, publicada esta quarta-feira (5) pela revista científica "Biology Letters".
O estudo foi realizado na cidade universitária da Universidade Autônoma do México (Unam) pela equipe de Macías García, que explicou à AFP que o ponto de partida do estudo foram "informes que indicavam que as aves utilizavam pontas de cigarro coletadas nas ruas para tecer seus ninhos".
Pássaros que vivem em áreas urbanas podem improvisar objetos criados por humanos em seus ninhos (Foto: Jérôme Gorin / AltoPress / PhotoAlto / AFP)Pássaros que vivem em áreas urbanas podem improvisar objetos criados por humanos em seus ninhos 
"A pesquisa concluiu que as pontas dos cigarros reduzem o número de parasitas ácaros, como piolhos, que chupam o sangue ou comem as penas dos pássaros", disse em entrevista por telefone com a AFP o cientista mexicano, que está atualmente na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, em um ano sabático.
"Examinamos os materiais que as aves estão utilizando para tecer seus ninhos na Cidade do México", explicou. "Mas suspeito que este fenômeno vai mais além do México", assegurou Macías, indicando que o resultado do estudo tinha sido "inesperado".
O pesquisador do Departamento de Ecologia da Unam admitiu que não se determinaram com certeza as "razões exatas pelas quais as aves usam as pontas de cigarros" para fabricar seus ninhos.
"Talvez lembrem as penas que usam para tecer seus ninhos ou também os pelos de animais que às vezes juntam", disse.
"Mas embora não saibamos porque o fazem, o que determinamos é que estas pontas contêm substâncias que são produto do cigarro depois de fumado e que estas substâncias parecem repelir os ácaros", enfatizou.
"Também pode ser que isto é uma consequência fortuita e que as aves usem as pontas por razões térmicas", para manter os ninhos aquecidos, acrescentou.
"Ainda não sabemos exatamente porquê de as aves usarem as pontas. Mas com experimentos, esperamos poder saber qual é a razão para que as aves recolham estas pontas das ruas para fazer seus ninhos, disse.
No entanto, "vimos consequências positivas no uso das pontas de cigarro: a redução dos parasitas nos ninhos. Isto é uma boa notícia", concluiu.
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