3 mil negociadores de 183 países tentam um novo acordo climático.
Reunião antecipa decisões da COP-17, que acontece em novembro.
A secretária-executiva das Nações Unidas para mudanças climáticas, Christiana Figueres, afirmou nesta segunda-feira (6), na abertura da conferência de Bonn, na Alemanha, que os governos têm uma inevitável responsabilidade de fazer progressos para o clima neste ano, baseado no que ficou acordado durante a cúpula de Cancún, no México.
Durante a primeira conferência de imprensa, ela afirmou que as nações 'acenderam um farol' em Cancún para um mundo de baixas emissões.
“Eles (os países) se comprometeram a um aumento máximo na temperatura mundial de 2 ºC, com chances de manter a elevação em até 1,5 ºC. Agora, mais do que nunca, é fundamental que todos os esforços se mobilizem para este compromisso”.
Christiana relembrou ainda a preocupação quanto ao índice recorde de emissões de 2010, divulgados na semana passada pela Agência Internacional de Energia e advertiu os negociadores. Ela ainda cobrou agilidade na reunião de Bonn, afirmando que existe uma agenda muito ambiciosa e que os países ‘tem altas expectativas para alcançar progressos significativos’.
Participam do encontro cerca de 3.000 pessoas de 183 países. É uma das últimas reuniões entre os negociadores climáticos antes da conferência de Durban, na África do Sul, que tem o objetivo de concluir um acordo substituto ao Protocolo de Kyoto para redução de emissões. A reunião da ONU na Alemanha seguirá até o próximo dia 17.
Sem expectativas
Membros do governo brasileiro e especialistas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) afirmam que os países ainda estão longe de se chegar a um novo acordo legalmente vinculante para a redução das emissões.
Membros do governo brasileiro e especialistas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) afirmam que os países ainda estão longe de se chegar a um novo acordo legalmente vinculante para a redução das emissões.
Segundo eles, o Protocolo de Kyoto chegará ao fim em 2012, sem a definição de um novo plano para conter o avanço da temperatura para os países desenvolvidos e em desenvolvimento.
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