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Fotógrafo captura briga entre ursos

.. quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Animais disputaram salmão em parque do Alasca.
Imagens surpreenderam o próprio autor.


O fotógrafo japonês Shogo Asao foi ao Parque Nacional Katmai, no Alasca (EUA), na esperança de capturar a interação de duas das principais atrações no local: os ursos e os salmões. Acabou flagrando uma briga de 15 minutos entre dois ursos cinzentos que disputavam um salmão. Veja galeria de fotos.
'De repente vi dois ursos se observando e rugindo', contra Asao.
'É a primeira vez que vejo uma cena dessas. Estava tão perto dos animais que tive de ficar completamente imóvel até que eles desaparecessem.'
A proximidade com a briga fez com que o fotógrafo temesse ser percebido pelos animais, o que não aconteceu. Asao disse que ficou imóvel até que os dois ursos se acalmassem e se afastassem.
 O fotógrafo japonês Shogo Asao foi ao Parque Nacional Katmai, no Alasca (EUA), na esperança de capturar a interação de duas das principais atrações no local: os ursos e os salmões. Acabou fotografando uma briga entre ursos.  (Foto: Shogo Asao/NHPA/Photoshot)O fotógrafo japonês Shogo Asao foi ao Parque Nacional Katmai, no Alasca (EUA), na esperança de capturar a interação de duas das principais atrações no local: os ursos e os salmões. Acabou fotografando uma briga entre ursos. 
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Em 9 países, floresta amazônica perdeu 240 mil km² de 2000 a 2010

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Número é de rede de ONGs que levantou dados do Brasil e vizinhos. Ambientalista diz que Amazônia pode sofrer mais com 'novas ameaças'.


Entre 2000 e 2010, a floresta amazônica, distribuída por nove países da América do Sul, perdeu o total de 240 mil km² devido ao desmatamento, o equivalente a uma Grã-Bretanha, de acordo com dados reunidos pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciadas (RAISG), divulgados nesta terça-feira (4) por 11 organizações não governamentais.

É como se, em 11 anos, “sumisse do mapa” área equivalente a quase seis vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Os números fazem parte do documento “Amazônia sob pressão”, que reúne informações sobre a degradação registrada ao longo da última década na região englobada pelo bioma.
O documento reuniu dados oficiais de governos que detêm partes da Amazônia. No caso do Brasil, foram usados dados do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável por divulgar anualmente a taxa de devastação do bioma no Brasil.
O relatório mensura ainda possíveis ameaças à floresta, que passa por uma acelerada transformação devido a obras de infraestrutura como hidrelétricas, estradas, além de atividades ilegais como a mineração.
Com isso, segundo a publicação, o ritmo atual de implantação desses tipos de empreendimentos poderia causar, nos próximos anos, o desaparecimento de até metade da selva amazônica atual, que cobre uma extensão de 7,8 milhões de km², cerca de 12 macrobacias, compartilhadas por 1.497 municípios.
“A Amazônia está fortemente inserida num processo de degradação, fragmentação e supressão. Nos últimos 50 anos, uma combinação de novas formas de ocupação tem suprimido essa paisagem por outra, mais seca que homogênea”, explica Beto Ricardo, da ONG Instituto Socioambiental (ISA), coordenador da rede amazônica que elaborou a pesquisa.
Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na Venezuela. A imagem foi feita em 17 de novembro deste ano durante sobrevoo sobre a região (Foto: Jorge Silva/Reuters)Garimpo ilegal localizado no meio da floresta amazônica, na Venezuela. A imagem foi feita em 17 de novembro deste ano durante sobrevoo sobre a região 
Ameaças e pressões
De acordo com o levantamento, todas as sub-bacias amazônicas foram afetadas por algum tipo de ameaça ou pressão -- construção de estradas, exploração de petróleo e gás, construção de hidrelétricas, implantação de garimpos para mineração, desmatamento e queimadas.
Sobre a construção de estradas, o documento afirma que planos para conectar os oceanos Atlântico ao Pacífico aceleram a pressão sobre a Amazônia, e que o Peru e a Bolívia são os países que detêm o maior número de rodovias construídas no meio da floresta.

O relatório aponta também que em toda a Amazônia existem 171 hidrelétricas em operação ou em desenvolvimento, além de 246 projetos em estudo.  No caso da mineração, as zonas de interesse somam 1,6 milhão de km² (21% do território do bioma), em especial na Guiana. Sobre a exploração de petróleo e gás, atualmente existem 81 lotes sendo explorados, mas há outros 246 que despertam interesse da indústria petrolífera.
Referente às queimadas, o relatório das ONGs diz que o sudeste da Amazônia, entre o Brasil e a Bolívia, concentra a maior quantidade de focos de calor -- a região recebe o nome de "arco do desmatamento". Esta faixa territorial vai de Rondônia, passando por Mato Grosso, até o Pará.
Imagem de 2010 mostra lote de madeira ilegal confiscado em Belém, no Pará (Foto: Divulgação/Paulo Santos)Imagem de 2010 mostra lote de madeira ilegal confiscado em Belém, no Pará (Foto: Divulgação/Paulo Santos)
Brasil é líder na degradação do bioma
O relatório computou dados da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Entre 2000 e 2010, o Brasil foi o principal responsável pela degradação da floresta (80,4%), seguido do Peru (6,2%) e Colômbia (5%). A quantidade é proporcional à área de floresta englobada pelo país (uma participação de 64,3% no território amazônico).
“Apesar dos dados de queda no desmatamento divulgados recentemente pelo governo, o Brasil é o país com maior passivo amazônico, especialmente por conta das estradas e da pecuária extensiva de baixa produtividade, apoiada em milhões de hectares de pastos degradados”, explica Ricardo.
Entre 2000 e 2010, o Brasil foi o principal responsável pela degradação da floresta
Na última semana, o Ministério de Meio Ambiente divulgou que o desmatamento da Amazônia Legal registrou o menor índice desde que foram iniciadas as medições, em 1988.
De acordo com dados do Prodes, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve a perda de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo. O índice é 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²).

Segundo o coordenador da rede amazônica, a degradação no bioma só não é maior graças às unidades de conservação e terras indígenas, que conseguem "frear" a tendência de desmate. "No entanto, elas não resistirão por muito tempo", acredita.
Ele afirma que, com o sistema, deverão ser implantadas rotinas de monitoramento das possíveis pressões e ameaças ao bioma, com o objetivo de aprimorar os dados de degradação de países que não têm um sistema rotineiro de observação, diferentemente do Brasil. "Queremos interagir com outras redes panamazônicas, disponibilizar informações e mobilizar as sociedades civis, além de interagir com os governos", disse Beto Ricardo.
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Discussão sobre extensão de Kyoto acelerou, diz negociador brasileiro

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Discussão sobre transferência de tecnologia e financiamento estaria travada. Embaixador Luiz Alberto Figueiredo falou a jornalistas na COP 18, em Doha.


O chefe da delegação brasileira na COP 18, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse nesta terça-feira (4), em coletiva realizada em Doha, no Qatar, que as negociações referentes à prorrogação do segundo período do Protocolo de Kyoto foram aceleradas com a chegada dos ministros de Estado.
Ainda segundo ele, estão sendo realizadas reuniões bilaterais entre blocos de países, como G77+China e o grupo de países-ilha, que contam com a atuação do Brasil como mediador. Ele confirmou que a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, participa das negociações.
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da delegação brasileira na COP 18 (Foto: Reprodução)O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da
delegação brasileira na COP 18 (Foto: Reprodução)
Nesta segunda-feira (3), o presidente da COP, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, convocou o Brasil e a Noruega a fazer consultas com os ministros a fim de tentar desentravar os trabalhos durante o segmento de alto nível, que começou nesta terça.
Figueiredo disse que ainda há duros entraves nas negociações referentes aos instrumentos de financiamento e transferência de tecnologia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
“Sobre os direitos intelectuais, os países desenvolvidos não querem entrar em acordo, infelizmente. Por isso nós precisamos ser fortes neste tipo de negociação”, afirma.
Ele citou que é preciso esclarecer melhor detalhes sobre o financiamento a longo prazo, baseado no plano desenhado em Copenhague, durante a COP 15, que prevê a partir de 2013 um "fundo climático" de até US$ 100 bilhões em 2020.
“Temos que pensar em como desenvolver os meios de implementação. Este assunto ainda é muito sensível, mas precisa ser resolvido”, disse
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (no meio), em evento que antecedeu a abertura do segmento de alto nível da COP 18 (Foto: Karim Jaafar/AFP)O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (o segundo da esquerda para a direita), em evento que antecedeu a abertura do segmento de alto nível da COP 18 (Foto: Karim Jaafar/AFP)
Cobrança de mais atitude na abertura
Na abertura oficial do segmento de alto nível, realizada mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância de todas as regiões do mundo exercerem um papel importante na crise climática. “Os sinais de perigo estão em todos os lugares (...) ninguém está imune à mudança climática, [países] ricos ou pobres”.
Ban disse que o problema é coletivo, portanto, todos devem ter a solução. “Qualquer adiamento significa um estrago maior no futuro”, enfatiza o secretário, citando a negociação sobre a prorrogação do Protocolo de Kyoto, acordo global que obriga países desenvolvidos a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e que expira no fim deste mês. “O Protocolo é uma base para avançarmos. Sua continuação em 1º de janeiro de 2013 irá mostrar que os governos estão comprometidos”, disse.
“Nós temos os recursos financeiros e tecnológicos para encarar este desafio. É imperativo que ajamos agora, com urgência e um objetivo claro. Cuidar da mudança climática é essencial para o desenvolvimento sustentável. Vamos provar paras as próximas gerações que temos a visão para saber para onde precisamos ir e a ação para chegar lá”, complementa Ban Ki-moon.
Kyoto 2.0
O Protocolo de Kyoto, criado em 1997, obriga nações desenvolvidas a reduzir suas emissões em 5,2%, entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990.
Segundo negociadores brasileiros ouvidos pelo G1, o segundo período, tratado pelos diplomatas como “Kyotinho” ou “Kyoto 2” passará a vigorar a partir de janeiro de 2013. No entanto, as regras criadas em 1997 serão alteradas.
A prorrogação do atual plano foi oficialmente registrada no fim de 2011, em troca da promessa de se criar um novo acordo global que envolveria todos os países, planejado para entrar em vigor em 2020.
Em uma primeira dimensão simbólica, Kyoto 2 deverá cobrir apenas 15% das emissões globais de gases de efeito estufa, os da União Europeia e da Austrália, já que o Canadá abandonou o protocolo e a Rússia e Japão não querem uma segunda etapa. A Austrália quer reduzir as suas emissões em 5% e a UE, em 20% até 2020.
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Pontas de cigarro usadas em ninhos protegem aves de ácaros, diz estudo

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Aves que vivem em áreas urbanas podem usar objeto para fazer o ninho. Autor considerou o resultado 'inesperado'.


As pontas de cigarro usadas pelas aves na Cidade do México para tecer seus ninhos servem para protegê-los de parasitas, diz uma pesquisa chefiada pelo mexicano Constantino Macías García, publicada esta quarta-feira (5) pela revista científica "Biology Letters".
O estudo foi realizado na cidade universitária da Universidade Autônoma do México (Unam) pela equipe de Macías García, que explicou à AFP que o ponto de partida do estudo foram "informes que indicavam que as aves utilizavam pontas de cigarro coletadas nas ruas para tecer seus ninhos".
Pássaros que vivem em áreas urbanas podem improvisar objetos criados por humanos em seus ninhos (Foto: Jérôme Gorin / AltoPress / PhotoAlto / AFP)Pássaros que vivem em áreas urbanas podem improvisar objetos criados por humanos em seus ninhos 
"A pesquisa concluiu que as pontas dos cigarros reduzem o número de parasitas ácaros, como piolhos, que chupam o sangue ou comem as penas dos pássaros", disse em entrevista por telefone com a AFP o cientista mexicano, que está atualmente na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, em um ano sabático.
"Examinamos os materiais que as aves estão utilizando para tecer seus ninhos na Cidade do México", explicou. "Mas suspeito que este fenômeno vai mais além do México", assegurou Macías, indicando que o resultado do estudo tinha sido "inesperado".
O pesquisador do Departamento de Ecologia da Unam admitiu que não se determinaram com certeza as "razões exatas pelas quais as aves usam as pontas de cigarros" para fabricar seus ninhos.
"Talvez lembrem as penas que usam para tecer seus ninhos ou também os pelos de animais que às vezes juntam", disse.
"Mas embora não saibamos porque o fazem, o que determinamos é que estas pontas contêm substâncias que são produto do cigarro depois de fumado e que estas substâncias parecem repelir os ácaros", enfatizou.
"Também pode ser que isto é uma consequência fortuita e que as aves usem as pontas por razões térmicas", para manter os ninhos aquecidos, acrescentou.
"Ainda não sabemos exatamente porquê de as aves usarem as pontas. Mas com experimentos, esperamos poder saber qual é a razão para que as aves recolham estas pontas das ruas para fazer seus ninhos, disse.
No entanto, "vimos consequências positivas no uso das pontas de cigarro: a redução dos parasitas nos ninhos. Isto é uma boa notícia", concluiu.
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Pinguins gays 'adotam' filhote em zoológico na Dinamarca

.. sábado, 17 de novembro de 2012

Pinguins-imperadores machos começaram a agir como casal há dois anos. Zoo cogitou 'adoção' após os dois tentarem roubar ovos de outros pinguins.


Um casal de pinguins gays "adotou" um filhote recentemente no Zoológico Odense, na Dinamarca, segundo uma nota divulgada pela instituição. Os animais, dois pinguins-imperadores machos, começaram a demonstrar comportamento de casal há dois anos, o que não é novidade na espécie, de acordo com o zoo.
Os tratadores dos pinguins perceberam que os dois machos tentaram roubar ovos de outros animais durante a época de reprodução. Isso levou os funcionários a cogitar a "adoção" para o casal.
Casal de pinguins-imperadores gays com filhote 'adotado' em zoo na Dinamárca (Foto: Divulgação/Ard Joungsma/Zoológico Odense)Casal de pinguins-imperadores gays com filhote 'adotado' em zoológico na Dinamarca (Foto: Divulgação/Ard Joungsma/Zoológico Odense)

O problema de "paternidade" do casal de machos do Zoológico Odense foi resolvido após uma fêmea da espécie agir de forma incomum, tendo botado dois ovos produzidos com dois machos diferentes, para depois abandoná-los, segundo a nota.
É comum que algumas espécies de pinguins tenham comportamento monogâmico, isto é, um parceiro durante toda a vida, diz o zoo. No caso da espécie dos pinguins-imperadores, o casal divide a tarefa de chocar os ovos.
Os tratadores decidiram deixar um dos ovos abandonados com o casal de pinguins machos. Para garantir que eles aprenderiam a chocar, foram usados ovos artificiais, em testes realizados pelo zoo.
Os dois pinguins-imperadores machos cuidaram do ovo e se dividiram para recolher comida, como faria qualquer casal da mesma espécie.
O filhote "adotado" nasceu há um mês. A "família" está separada do resto da colônia para adaptação do filhote, por enquanto, informa o zoo. Em breve eles devem ser reintroduzidos ao grupo de pinguins-imperadores, quando o bebê tiver adquirido mais algum tempo de vida.
Casal de pinguins machos cuidam de filhote, nascido há um mês (Foto: Divulgação/Ard Joungsma/Zoológico Odense)Casal de pinguins-imperadores machos em zoológico dinamarquês cuidam de filhote nascido há um mês (Foto: Divulgação/Ard Joungsma/Zoológico Odense)
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Modelo de computador da Nasa mostra aerossóis cobrindo a Terra

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Suspensões de partículas atingem a camada de ozônio e afetam a saúde. Cores simulam poeira, sal marinho, fumaça e sulfato de combustível fóssil.


Uma imagem de alta resolução criada pelo supercomputador Discover, da agência espacial americana (Nasa), mostra um modelo atmosférico da Terra repleto de aerossóis – suspensões de partículas sólidas ou líquidas, como os inseticidas, que atingem a camada de ozônio e podem prejudicar a saúde.
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Aerossois (Foto: William Putman/Nasa/Goddard)Brasil tem alta concentração de fumaça de incêndios, segundo modelo (Foto: William Putman/Nasa/Goddard)
A simulação foi feita no Centro Espacial Goddard, em Greenbelt, Maryland, e fornece uma ferramenta única para estudar o papel do tempo no sistema climático do planeta. O sistema GEOS-5 é capaz de simular o tempo ao redor do globo em resoluções de 3,5 a 10 quilômetros.
Na imagem acima, a poeira vermelha é a que se levanta da superfície, em azul está o sal marinho que acaba dentro de ciclones, em verde aparece a fumaça emitida por incêndios, e em branco são partículas de sulfato que saem de vulcões e emissões de combustíveis fósseis.
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Museu resgata imagens históricas do indigenismo no Brasil

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Livro traz fotos feitas durante 57 anos de trabalho de extinto órgão federal. Serviço de Proteção ao Índio foi o embrião da Funai.


Imagens e documentos históricos recuperados por antropólogos do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, recontam 57 anos do trabalho de relacionamento com indígenas em diversas partes do país feito pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), embrião da atual Fundação Nacional do Índio (Funai).

O cotidiano dos índios e a convivência com o "povo branco" estão registrados em fotografias feitas entre 1910 e 1967 e que estarão no livro “Memória do SPI”, organizado pelo coordenador de divulgação cientifica do Museu do Índio, Carlos Augusto da Rocha Freire. A publicação será lançada nesta terça-feira (13), no Rio.
O material conta com 25 artigos de especialistas que conviveram ou ainda trabalham com populações indígenas, além de mais de 400 fotos históricas e matérias jornalísticas da primeira metade do século XX.

Freire disse ao G1 que quase todas as fotos da publicação foram “garimpadas” em sedes da antiga SPI, agregadas após seu fim pela Funai. Na maioria dos casos, foram encontrados apenas os negativos, já que as imagens originais foram destruídas em um incêndio na década de 1960.
Distribuição de brindes aos índios Kuikuro pela equipe do Serviço de Proteção ao Índio (Foto: Divulgação/Museu do Índio)Distribuição de brindes aos índios Kuikuro pela equipe do Serviço de Proteção ao Índio (Foto: Divulgação/Museu do Índio)
Índios Kamayurá escutando vitrola (Foto: Divulgação/Museu do Índio)Índios Kamayurá escutando vitrola (Foto: Divulgação/
Museu do Índio)
Pelos direitos dos índios
Criado em 1910, o SPI foi organizado por Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon, sertanista brasileiro que desbravou o país a serviço do governo.
“O SPI foi criado para instaurar o direito dos índios, demarcar suas terras e tentar uma aproximação deles com a sociedade”, explica Carlos Augusto.
De acordo com o antropólogo, a documentação mostra que, mesmo com o passar do tempo e a integração dos índios à vida urbana, a identidade étnica não foi perdida.
“Por mais que alguém doasse ao índio uma calça jeans, nada disso alterou a potencialidade dele ser identificado como índio”, disse.
Segundo Carlos, o SPI entrou em crise na década de 1960, período que, de acordo com o antropólogo, o Brasil registrou grande quantidade de conflitos agrários entre indígenas e agricultores.
Em seu vácuo, nasceu a Funai, que utilizou a mesma estrutura e quadro de funcionários do órgão federal. "Essa documentação prova que os índios sofreram ao longo do século passado", disse.
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Veja fotos históricas recuperadas pelo Museu do Índio

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Distribuição de brindes aos índios Kuikuro pela equipe do Serviço de Proteção ao Índio
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Pesquisadores brasileiros estudam enzimas de baratas para obter etanol

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Substâncias no sistema digestivo dos insetos podem ajudar a criar álcool. Resultados obtidos são promissores, afirma professor da UFRJ.


Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está estudando como usar baratas - mais precisamente enzimas especializadas no sistema digestivo delas - para ajudar na obtenção do etanol.
A ideia é usar as enzimas para degradar bagaço de cana e com isso obter açúcares, que podem ser usados para produzir etanol, aponta o professor Ednildo de Alcântara Machado, do Instituto de Biofísica da UFRJ. O álcool é obtido pela fermentação destes açúcares, realizada por fungos conhecidos como leveduras.
A barata 'Nauphoeta cinerea', nativa da América Central segundo o pesquisador da UFRJ (Foto: Divulgação/Universidade de Queensland)A barata 'Nauphoeta cinerea', uma das espécies estudadas (Foto: Divulgação/Universidade de Queensland)
Dois tipos de baratas estão sendo pesquisados: a Periplaneta americana, espécie comum e encontrada em esgotos e escondidas nas casas; e a Nauphoeta cinerea, um tipo de barata da América Central, mas que hoje é encontrada em vários lugares do globo. Alimentados com bagaço de cana, os insetos se adaptaram e tornaram-se capazes de digeri-lo, produzindo enzimas especializadas para isso, diz o pesquisador.
"Os resultados são bastante promissores. Essa adaptação que o inseto faz ao bagaço tem sinalizado que dele podem vir novas fontes de enzimas", afirma Machado. As baratas foram capazes de sobreviver por mais de 30 dias somente com o bagaço de cana, ressalta o cientista.
Ele afirma que a pesquisa, por enquanto, encontra-se nas etapas de condicionar as baratas para consumir o bagaço e de identificação das enzimas especializadas. O etanol ainda não foi obtido. "Não é uma coisa distante [a produção do etanol]", diz Machado, "mas as etapas têm que ser trabalhadas em conjunto. Não sei dizer quando [vai ser produzido]".
Fáceis de criar
O grupo de pesquisadores também estuda a degradação da biomassa usando cupins, o que ocorre com relativo sucesso, segundo Machado. "Mas as baratas são mais fáceis de criar em laboratório. Elas se adaptam com facilidade", afirma. Ele ressalta que os dois insetos têm fisiologia parecida.
A ideia para o futuro é isolar as enzimas produzidas pelas baratas e tentar criar um "kit enzimático" que permita retirar o açúcar do bagaço da cana em laboratório, diz Machado. "Um dos desafios é o custo, a produção destas enzimas em escala industrial ainda é muito cara. O nosso modelo tem apelo porque é uma fonte nova de enzimas, pode ajudar a ter enzimas mais eficientes", diz ele.
a barata comum, da espécie 'Periplaneta americana', é estudada por pesquisadores da UFRJ (Foto: Divulgação/Palomar Community College)Barata 'Periplaneta americana', uma das estudadas na UFRJ (Foto: Divulgação/Palomar Community College)
Novas etapas
Pesquisar as enzimas é uma etapa importante para produzir o etanol, mas não é a única, diz o pesquisador. Outros pontos importantes são o tratamento do bagaço da cana, para que ele seja facilmente degradado, e a fermentação. O próximo desafio do grupo, de acordo com Machado, é aumentar a escala de produção das enzimas. "Se elas continuarem com a eficiência [encontrada], acredito que podem ajudar."
As baratas "moldam" sua digestão a outras fontes de biomassa, como restos de papel, diz o cientista. "O que parece ser interessante é que quando você muda a biomassa usada como comida, ela se adapta. Em dez dias, em média, ela começa a produzir uma série de enzimas especializadas para quebrar o alimento", afirma.
Diante da mudança de fonte de comida, a barata adapta também a sua microbiota, a "fauna" de micróbios que vivem em seu sistema digestivo, relata Machado. "São microorganismos de alto interesse tecnológico, eles produzem uma série de enzimas."
'Periplaneta americana', barata muito comum nas grandes cidades; espécie é estudada por pesquisadores da UFRJ (Foto: Divulgação/Universidade Texas A&M)Baratas da espécie 'Periplaneta americana'
Manipulação genética
Algumas enzimas do sistema digestivo da barata já foram identificadas, segundo o pesquisador. Um dos próximos passos é estudar como retirar partes do DNA dos insetos que definem a produção destas substâncias, para inseri-los em bactérias por manipulação genética.
Os micróbios "transgênicos" poderiam então produzir as enzimas e degradar a biomassa em escala industrial.
O pesquisador aponta um ganho ambiental com a produção do etanol desta maneira: a diminuição da necessidade de se plantar cana-de-açúcar. "Em vez de plantar mais cana, você aproveitaria o corpo das células da planta. Você aumentaria a produção do álcool sem plantar mais", diz Machado.
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Austrália cria rede de proteção para preservar biodiversidade marinha

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País anunciou proteção para área de 2,3 milhões de km². 
Indústria da pesca é contra e teme perda na produtividade e de empregos.


A Austrália criou oficialmelmente nesta sexta-feira (16) uma rede de reservas marinhas que protege mais de 2,3 milhões de km² de oceano ao redor do país, apesar da ira do setor pesqueiro, que teme redução de postos de trabalho e prejuízos às comunidades costeiras.


O sistema de proteção, já considerado o maior do mundo, conta com seis regiões marinhas e terá o objetivo de preservar animais ameaçados de extinção como a baleia-azul, tartarugas-verdes, tubarões-touro e o dugongo, uma espécie de mamífero herbívoro que vive no mar.
Segundo o ministro do Meio Ambiente do país, Tony Burke, os oceanos estão seriamente ameaçados e, por isso, ações para restaurar a saúde dos mares têm de ser feitas, entre elas, a criação de parques nacionais.
Em outubro, a Austrália admitiu sua negligência na preservação da Grande Barreira de Corais após a publicação de estudo revelando que o ecossistema perdeu mais da metade de seus corais em apenas três décadas, resultado de tempestades, depredação e aquecimento das águas (consequência da mudança climática).
Coral encontrado na Grande Barreira, localizado no litoral da Austrália (Foto: Cortesia/Carlos Sanchez)Coral encontrado na Grande Barreira, localizado no litoral da Austrália (Foto: Cortesia/Carlos Sanchez)
Setor pesqueiro não concorda com plano
O anúncio do governo provocou reclamações do setor pesqueiro. Segundo representantes, ao menos 60 comunidades costeiras vão ser afetadas pela nova reserva e a indústria teme perder 36 mil postos de trabalho distribuídos em até 80 empresas.
Em maio, a revista especializada “Biology” publicou investigação científica afirmando que áreas de preservação e perímetros ao redor delas permitem a reconstituição progressiva da biodiversidade – uma teoria que sempre foi criticada pela indústria da pesca.
Para acalmar os ânimos, o governo australiano divulgou que a nova reserva afetará apenas 1% da pesca comercial e anunciou ainda um fundo de ajuda de US$ 100 milhões.
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BP pagará multa de US$ 4,5 bilhões por vazamento de óleo em 2010

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É a maior multa criminal já paga na história dos EUA, segundo agências.  Empresa se declarou culpada pelo acidente e pelo derramamento de óleo.


A petrolífera britânica BP declarou-se culpada nesta quinta-feira (15) das acusações criminais relacionadas com o vazamento de petróleo no Golfo do México em abril de 2010 e concordou em pagar US$ 4,5 bilhões ao longo de seis anos ao governo dos EUA, segundo comunicado divulgado pela empresa.
Bombeiros combatem as chamas remanescentes do acidente no Golfo do México em foto de arquivo de abril de 2010 (Foto: U.S. Coast Guard/Handout/Files/Reuters)Bombeiros combatem as chamas remanescentes do acidente no Golfo do México em foto de arquivo de abril de 2010 

Segundo a nota, a empresa vai pagar US$ 4 bilhões, em cinco anos, ao Departamento de Justiça dos EUA para finalizar todas as reclamações pelo pior derramamento de petróleo na história do país e outros US$ 525 milhões, em três anos, à SEC (Securities and Exchange Commission) por reclamações aos órgãos reguladores. O acordo ainda tem de ser aprovado em tribunal federal no país.
"Desde o início, temos respondido ao vazamento, pagamos reivindicações legítimas e financiamos esforços de restauração no Golfo. Pedimos desculpas por nosso papel no acidente e, como a resolução de hoje com o governo dos EUA ainda reflete, aceitamos a responsabilidade por nossas ações", escreveu o presidente-executivo da BP, Bob Dudley.
Segundo as agências de notícias, o valor pago é recorde por uma multa criminal norte-americana. O recorde anterior era detido pela Pfizer Inc, que pagou uma multa de US$ 1,3 bilhões em 2009 por uma fraude de marketing.
O desastre ambiental de Deepwater Horizon, no Golfo do México, ocorreu em abril de 2010 e 11 trabalhadores morreram.
A empresa disse ainda estar preparada para se defender de outras reclamações civis.


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Imagens

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Horizonte Azul


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Amazônia Legal tem aumento no desmate em outubro, aponta Imazon

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Uso do solo aumentou em mais de 4 mil hectares e focos de incêndio diminuíram em dez anos (Foto: Divulgação/IBAMA)
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Após degelo no Ártico, Antártica tem congelamento recorde, diz instituto

.. quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Centro informa que gelo na área atingiu 19,44 milhões de km² em 2012. Fenômenos no Ártico e na Antártica têm razões diferentes, dizem cientistas.


Cerca de um mês após o anúncio do maior derretimento de gelo já registrado no Ártico, o Centro Nacional de Informações de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês) liberou dados que mostram que a cobertura congelada na região da Antártica bateu recorde neste ano com relação aos anos anteriores.
Segundo o NSIDC, o congelamento nos mares e arredores da Antártica atingiu 19,44 milhões de km² em 2012, mais do que o último recorde, de 19,39 milhões de km² em 2006. Cientistas afirmam que a extensão máxima de gelo na Antártica varia muito de ano a ano, mas dizem ter identificado uma tendência de crescimento de 0,9% no congelamento a cada década.
Mapa mostra gelo ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior congelamento; traço amarelo mostra extensão média registrada de gelo (Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)Mapa mostra congelamento ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior gelo; o traço amarelo mostra a extensão média de gelo registrado entre 1979 e 2000 na região (Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)
As informações foram divulgadas pela agência espacial americana (Nasa) na última semana, e o recorde de congelamento foi registrado no dia 26 de setembro. Cientistas da agência que estudaram os dados dizem ter calculado um aumento anual de gelo na Antártica de 17,1 mil km² aproximadamente, entre 1979 e 2010.
Algumas regiões da Antártica tiveram congelamento maior, enquanto outras perderam gelo, dizem os cientistas. Eles apontam não haver relação direta entre o ocorrido na Antártica e o derretimento no Ártico.
Para os pesquisadores, os fenômenos na Antártica e no Ártico tem razões diferentes. Enquanto o crescimento de gelo antártico pode estar vinculado "aos ventos, à queda de neve e ao frio", o derretimento no Ártico "está mais claramente ligado ao aquecimento climático registrado ao longo das décadas".
Processos diferentes
Segundo os cientistas, "tratam-se de dois processos diferentes", um ocorrendo no verão (no caso do Ártico) e outro no inverno (no caso da Antártica). Não há, também, evidências de que o fenômeno significaria que não esteja havendo aquecimento global.
Em entrevista ao blog "Earth Observatory", da Nasa, a cientista Claire Parkinson, especialista em congelamento oceânico, disse que "a magnitude de perda de gelo no Ártico excede consideravelmente a magnitude do gelo ganho na Antártica".
"Os dois hemisférios tem muita variabilidade [de gelo] durante o ano, então em qualquer um dos polos é possível que no próximo ano haja mais ou menos gelo do que o registrado neste ano", disse Parkinson.
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PF faz operação contra tráfico de animais em quatro estados

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20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em SP, RS, PE e MG. Nove pessoas foram presas e mais de 570 animais, apreendidos.


Mais de 570 animais foram apreendidos durante operação em quatro estados (Foto: Divulgação/Polícia Federal)Mais de 570 animais foram apreendidos durante operação (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (17) uma operação para coibir o tráfico de animais silvestres em quatro estados brasileiros. A Operação Cipó, que foi articulada com o Ibama e com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, cumpriu 20 mandados de busca e apreensão no estado paulista, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e em Minas Gerais. Nove pessoas foram presas e pelo menos 20 serão indiciadas.
O inquérito policial foi instaurado há cerca de um ano. Foram identificados diversos indivíduos que retiram os animais silvestres da natureza, além de transportar, distribuir e comercializar os bichos de modo irregular. As atividades da quadrilha envolviam inclusive aves e primatas ameaçados de extinção.
Operação contra tráfico de animais ocorreu em quatro estados (Foto: Divulgação/Polícia Federal)Operação contra tráfico de animais ocorreu em
quatro estados (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Dos 20 mandados expedidos pela 8º Vara Criminal Federal de São Paulo, 16 foram cumpridos na capital paulista e em Diadema, Francisco Morato, Guarulhos, Embu das Artes, Embu-Guaçu e Itaquaquecetuba, na região metropolitana. Os outros foram cumpridos em Uruguaiana (RS), Caruaru(PE), Alagoinha (PE) e Belo Horizonte(MG). Além das prisões das nove pessoas, a polícia apreendeu documentos, duas armas de fogo e mais de 570 animais selvagens, entre papagaios, tucanos e tigres d’água.
Segundo a Polícia Federal, os presos e os demais indiciados responderão, conforme suas ações, pelo crime de caça profissional de animais silvestres, por possuir, transportar ou ocultar animais silvestres, previstos na Lei dos Crimes Ambientais, por receptação qualificada para comércio, por posse ilegal de arma de fogo e por formação de quadrilha. As penas variam de 3 meses a 6 anos de prisão, que podem ser somadas, de acordo com as condutas de cada um.
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Cientistas apontam existência de dentes em peixe pré-histórico

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Estudo na 'Nature' indica que até vertebrados primitivos possuíam dentes. Peixe placodermo é um dos mais antigos vertebrados a ter mandíbula.


Cientistas analisaram fósseis de um tipo de peixe pré-histórico, conhecido como placodermo, para estudar as origens de dentes e das mandíbulas nos vertebrados. O estudo, publicado na edição online da revista "Nature" desta quarta-feira (17), foi realizado pela Universidade de Bristol, pelo Museu de História Natural de Londres (ambos na Grã-Bretanha), pela Universitade de Curtin, na Austrália, e pela Universidade de Zurique, na Suíça.
O peixe, da classe Placodermi, é um dos mais antigos vertebrados conhecidos a ter mandíbula, de acordo com o estudo. Os cientistas, no entanto, confirmaram no estudo que estes animais deveriam possuir dentes verdadeiros, com dentina e cavidade para a polpa. Até agora, pesquisadores acreditavam que eles possuíam estruturas que imitavam dentição ou, até, não possuíam dentes de forma alguma.
Escultura reconstrói como seria um peixe da classe 'Placodermi' (Foto: Divulgação/Esben Horn/"Nature")Escultura mostra como seria um peixe da classe 'Placodermi' (Foto: Divulgação/Esben Horn/"Nature")



























Apesar da descoberta, o estudo aponta que as mandíbulas dos Placodermi eram primitivas em comparação com outros vertebrados e que sua forma de substituição dos dentes perdidos era diferente de outros animais.
O estudo aponta que os dentes estiveram presentes até nos vertebrados mais primitivos, ao contrário do que se imaginava. "Ossificações dentais superiores e inferiores ocorrem nos placodermos", disseram os cientistas na pesquisa publicada na "Nature". Estes peixes, avaliam os pesquisadores, "são cruciais para entender a evolução dos dentes e mandíbulas".
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Governo inclui dois municípios em lista de desmatadores da Amazônia

.. quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Anapu e Senador José Porfírio, no PA, terão fiscalização maior. Portaria do Ministério do Meio Ambiente retirou outros dois municípios.


O Ministério do Meio Ambiente publicou nesta quarta-feira (3) no “Diário Oficial da União” portaria que inclui Anapu e Senador José Porfírio, no Pará, na lista dos municípios que mais desmatam a Amazônia. Na mesma edição, outra portaria do MMA retirou da mesma lista Ulianópolis e Dom Eliseu, também municípios paraenses.
Criada em 2007, a relação tem o objetivo de aumentar a fiscalização do governo federal nessas localidades para combater ilegalidades. As cidades que são incluídas sofrem sanções como a não liberação de crédito agrícola a produtores rurais. Atualmente, 46 cidades têm fiscalização priorizada no ministério, distribuídas pelos estados do Pará, Mato Grosso, Roraima, Amazonas, Rondônia e Maranhão.
Para elaborá-la, são levadas em conta as taxas de devastação da floresta amazônica dos últimos três anos, divulgadas pelo sistema anual Prodes, além do sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia (Deter), ambos mantidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com os registros do Inpe, até 2011 Anapu desmatou 2.239 km² (equivalente a 18% da área total do município), enquanto em Senador José Porfírio houve a perda de 783,5 km² até o ano passado – equivalente a metade do tamanho do município de São Paulo.
Financiamento agrícola suspenso temporariamente
De acordo com Justiniano de Queiroz Netto, secretário do programa Municípios Verdes, do governo do estado do Pará, a localidade que entra na “lista negra” sofre embargo econômico “não oficial”, ou seja, muitos deixam de comprar produtos daquela localidade. “Isso gera um incômodo, o que fará com que a cidade se movimente para mudar a realidade”.
Para saírem da lista, os municípios têm que cumprir três requisitos dispostos na Portaria nº186 de 04 de junho de 2012, do MMA. O primeiro deles refere-se ao Cadastramento Ambiental Rural (CAR), segundo o qual a cidade tem de ter 80% do seu território com imóveis rurais devidamente cadastrados, excetuando-se as áreas cobertas por unidades de conservação de domínio público e terras indígenas.
O segundo e o terceiro quesitos referem-se ao desmatamento no município, que, em 2011, tem que ser igual ou menor a 40 km². Além disso, a média do desmatamento dos períodos de 2009/10 e 2010/11 (o “calendário do desmatamento” começa no meio do ano) precisa ter sido igual ou inferior a 60% em relação à média do período de 2006/07, 2007/08 e 2008/09.
“É importante sinalizar quais são as áreas onde ocorrem as maiores taxas de desmatamento. A consequência da lista é saber qual é a natureza do desmate”, complementa Netto.
Assentados denunciam extração ilegal de madeira em Anapú, no Pará (Foto: Reprodução / TV Liberal)Madeira desmatada ilegalmente em assentamento agrário de Anapú, no Pará (Foto: Reprodução / TV Liberal)
Inclusão na lista é contestada
As prefeituras de Anapu e Senador José Porfírio contestaram a inclusão dos municípios na relação do ministério do Meio Ambiente, já que, segundo elas, medidas para reduzir as taxas de desmate estão sendo providenciadas.
De acordo com Maria Saloma Mendes de Oliveira, secretária de Meio ambiente de Senador José Porfírio, as atividades agropecuárias foram as principais causadoras do desmatamento detectado pelo Inpe.
Ela afirma que em 26 de junho a cidade firmou um pacto com produtores agrícolas e representantes de outros setores econômicos que estabelece a redução de até 70% do desmatamento e da incidência de queimadas na cidade. “Vamos ter que fazer valer a pena esse pacto e a sociedade tem que ter conhecimento de que é preciso melhorar o índice”.
Entretanto, ela afirma que grande parte da degradação tem ocorrido em áreas que estão fora do controle de fiscalização da prefeitura, em assentamentos agrícolas pertencentes ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Bruno Kempner, secretário de meio ambiente de Anapu, não concorda com a inclusão da cidade na lista e cita também que as maiores perdas de vegetação detectadas ocorreram em assentamentos de reforma agrária. “Nós estamos fazendo a nossa parte. As áreas do projeto de assentamento são de responsabilidade do Incra, onde quem desmata são os próprios agricultores. As cidades têm poder limitado de fiscalização”, disse Kempner.


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Cientistas afirmam ter encontrado novas espécies de animais no Peru

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Foram identificados 8 novos mamiferos e 3 novos anfíbios, diz pesquisador. Área onde animais foram encontrados fica próxima à fronteira com Equador.


Cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) afirmam ter encontrado novas espécies de animais em um santuário ao norte do Peru. Foram identificados um macaco de hábitos noturnos, um novo marsupial, várias espécies de roedores e um porco-espinho, além de três espécies de anfíbios. Apenas os anfíbios já foram descritos cientificamente.
A região onde os animais foram encontrados fica próxima à fronteira com o Equador, dentro do Santuário Nacional Tabaconas-Namballe, segundo relato do pesquisador Gerardo Ceballos González, do Instituto de Ecologia da Unam, publicado no site da universidade.
Macaco (à esquerda) e marsupial (à direita) descobertos em santuário ao norte do Peru (Foto: Divulgação/Alexander Pari/Kateryn Pino/Unam)Macaco (à esq.) e marsupial (à di.) descobertos em santuário ao norte do Peru (Foto: Divulgação/Alexander Pari/Kateryn Pino/Unam)
O "diário de bordo" de González relata terem sido encontradas oito novas espécies de mamíferos, além de três anfíbios. "Esta é uma das mais importantes descobertas da biodiversidade dos últimos anos, porque todas as espécies foram encontradas em uma área muito pequena", disse o cientista ao site da Unam.
Espécies similares ao primata descoberto no Peru recebem o nome popular, no Brasil, de macaco-da-noite. Ao menos duas espécies - o macaco-da-noite andino e o colombiano - são classificadas como vulneráveis na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A expedição foi realizada entre 2009 e 2011, mas só agora o resultado foi divulgado, de acordo com González. A espécie de porco-espinho chama a atenção por seu grande tamanho e por possuir longos espinhos negros nas pontas, aponta o cientista.
O pesquisador indica que outro animal encontrado pode representar o espécime de raposa cinzenta mais ao sul já registrado nas Américas. "É provável que seja uma nova espécie", disse González ao site da Unam.
Porco-espinho encontrado por pesquisadores em santuário (Foto: Divulgação/Alexander Pari/Unam)Porco-espinho encontrado por pesquisadores no
Peru (Foto: Divulgação/Alexander Pari/Unam)
O pesquisador indica que os cientistas tiveram que seguir 18 horas por estradas no Peru desde áreas de selva até os Andes, além de andar duas horas a pé, antes de chegar ao santuário. O parque mede 32 mil hectares e fica em uma região de grande altitude, com trechos entre 1,8 mil e 3,2 mil metros acima do nível do mar, diz o cientista.
González ressaltou, em seu relato, que a expedição foi acompanhada por pesquisadores peruanos. O santuário, aponta ele, exige atenção especial de ONGs e entidades que atuam contra a extinção de animais pelo planeta, "já que há várias espécies que parecem ser encontradas apenas ali".
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Atual emissão de gases deve elevar oceano em mais de 1 m, diz estudo

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Previsão de cientistas é que nível do mar suba 1,1 m até o ano 3.000. Maior parte do gelo derretido deve ser proveniente da Groenlândia.


Estudo publicado nesta terça-feira (2) no jornal científico “Environmental Research Letters” afirma que as atuais emissões de gases causadores do efeito estufa já poderão provocar um aumento irreversível da temperatura, que fará o nível do mar subir por milhares de anos.
De acordo com a investigação científica conduzida por um grupo de pesquisadores europeus, os gases liberados até agora na atmosfera por atividades humanas será responsável pela elevação do mar em 1,1 metro até o ano 3.000.

Entretanto, para os pesquisadores os danos podem ser ainda piores se o cenário atual de emissões (chamado de A2) prosseguir nos próximos anos.
De acordo com especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), se nada for feito para mudar o ritmo de poluição e lançamento de gases impactantes, poderá ocorrer um aumento de temperatura entre 2 °C e 5,4° C até 2100 e a elevação do mar em 6,8 metros nos próximos mil anos.
Toda ação tem uma reação
Segundo o professor Philippe Huybrechts, um dos autores do estudo, a atual inércia da sociedade vai impactar a longo prazo as camadas de gelo e o nível do mar.

Em todos os cenários pesquisados – alguns com aumento de temperatura maior, outros com um aquecimento em menor magnitude – o gelo derretido na Groenlândia será responsável por mais da metade da subida do nível do mar.
O artigo diz ainda que é preciso limitar a concentração de gases causadores do efeito estufa rapidamente, já que é a única opção realista para mitigar o impacto da mudança do clima. “Quanto menor o aquecimento, menos grave será a consequência para o planeta”, conclui o professor.
Estudos recentes afirmam que espécies que vivem no Ártico, como o urso polar, focas e crustáceos, precisam se adaptar ao constante degelo ou podem desaparecer para sempre devido ao aumento da temperatura do planeta. (Foto: Danile Beltra/Greenpeace/AFP)Embarcação de ONG navega por icebergs do Ártico.
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