Professor de ecologia da UFPE diz que proteção antes era implícita. Ricardo Braga diz que nova lei deve diminuir lobby em Pernambuco.
Uma das 32 modificações que a presidente Dilma Rousseff fez no novo Código Florestal, é vista com especial interesse pelos pernambucanos. A presidente determinou que os manguezais de todo o país passem a ser Área de Preservação Permanente (APP) e também vetou os dois parágrafos da lei que permitiam a municípios e estados decidir sobre a proteção de manguezais e dunas – agora fica tudo protegido de antemão. “Pernambuco tem os rios Una, Serinhaém, Maracaípe, Ipojuca, Suape, Jaboatão, Capibaribe, Timbó e Goiana. Todos eles têm extensos manguezais. Estamos falando de milhares de hectares”, afirma Ricardo Braga, professor de Ecologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente do Comitê da Bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, organização que agrega 45 instituições.
O primeiro texto enviado pela Câmara não incluía os manguezais entre as APPs. “Vejo um avanço claro. O mangue só estava indiretamente protegido, já que o código florestal em vigor fala apenas de preservação de dunas vizinhas ao mangue, o que nem tem muito valor para Pernambuco, já que as dunas são comuns no Rio Grande do Norte e no Ceará. Se antes havia uma proteção implícita, ela passa a ser explícita”, analisa o professor.
O primeiro texto enviado pela Câmara não incluía os manguezais entre as APPs. “Vejo um avanço claro. O mangue só estava indiretamente protegido, já que o código florestal em vigor fala apenas de preservação de dunas vizinhas ao mangue, o que nem tem muito valor para Pernambuco, já que as dunas são comuns no Rio Grande do Norte e no Ceará. Se antes havia uma proteção implícita, ela passa a ser explícita”, analisa o professor.
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